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22 de maio de 2014

Desemprego fica em 4,9% em abril, diz IBGE

A taxa de desemprego no país voltou a recuar e ficou em 4,9% em abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o índice era de 5%. O resultado é o menor já registrado para meses de abril na série histórica do IBGE, que teve início em 2002. Em abril de 2013, o desemprego foi estimado em 5,8% para o conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas.

Segundo Adriana Araújo Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, a queda do desemprego em abril ocorreu porque houve redução da procura de trabalho, e não geração significativa de novos postos. O instituto verificou, no ano, uma queda no número de pessoas desocupadas, mas que procuram trabalho (índice conhecido como PD), e uma estabilidade na PEA, o número de pessoas economicamente ativas, que inclui empregados e desempregados em busca de vaga.

“A gente percebe que essa taxa [PD] no mês fica estável, mas, no ano, ela baixou. E essa redução da taxa de desocupação, que agora registra 4,9%, expressa que PD cai e a PEA se mantém estável. Então, quem se movimentou foi a desocupação. Ela caiu. E essa taxa caiu não porque houve geração significativa de postos, mas porque houve redução da procura por trabalho”, explicou Adriana Araújo Beringuy.

O IBGE estimou que 1,2 milhão de brasileiros estavam desocupados em abril, estável na comparação com março. Frente a abril de 2013, houve queda de 17%.

Mesmo em um momento de baixa confiança dos empresários, com menor oferta de vagas, a maior parte das pessoas que procura emprego acaba encontrando.

O número de pessoas que trabalham, estimado em 22,9 milhões, não tem crescido. O total de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também não variou na comparação com março, ficando em 11,7 milhões. “Não tem apresentado movimentos que façam que haja aumento de população [ocupada] em números significativos. Ela não estava diminuindo, mas ela também não estava crescendo. Podemos dizer que estava vivendo um cenário de estabilidade da ocupação”, completou a técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

“A população ocupada vai depender tanto da iniciativa de quem procura o trabalho, e o lado da demanda por trabalho, que são os contratantes. Como a pesquisa é domiciliar, eu estou analisando o movimento do respondente que diz que está procurando ou não e se está ocupado. No que diz respeito à PME [pesquisa mensal de emprego], ela não está captando aumento da ocupação”, afirmou.

Rendimento

Apesar da queda no desemprego, o rendimento médio real habitual dos ocupados ficou menor no mês passado, de 0,6% frente a março, caindo de R$ 2.040,27 para R$ 2.028,00. A massa de rendimento real habitual (total dos rendimentos pagos) também teve queda, de 0,5%, para R$ 47,2 bilhões.

*Fonte: G1 Economia

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