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14 de fevereiro de 2017

Varejo potiguar fechou 1.115 lojas e desempregou 3.778 pessoas em 2016, dizem estudo da CNC e dados do Caged

O cruzamento dos dados de um estudo divulgado nesta segunda-feira, 13, pela Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho trazem um retrato muito claro – e aterrador – dos efeitos daquele que foi o pior ano da história para as vendas do varejo. O número de lojas varejistas fechadas no Estado cresceu 24,6% em relação a 2015. Já o número de postos formais fechados teve alta de 68,88%, na mesma base de comparação.

Em todo Brasil, foram fechadas, segundo a CNC, 108,7 mil lojas de varejo, um número 6,67% maior que as 101,9 mil fechadas em 2015. No caso específico do Rio Grande do Norte, foram 1.115 lojas fechadas em 2016 contra 893 que haviam sido registradas em 2015.

Dentro do contexto do Nordeste, o número de estabelecimentos comerciais fechados no Rio Grande do Norte teve o quinto pior desempenho, atrás da Paraíba (aumento de 137% no fechamento de lojas), PI (alta de 114,6%), CE (que fechou 87,3% mais estabelecimentos) e MA (aumento de 68,5%).

Por segmentos de atuação do varejo, a CNC só disponibilizou números nacionais. Eles apontam que os setores com maior número de lojas fechadas foram: Hipermercados e Supermercados (34.783 pontos de venda perdidos); Vestuário e Calçados (-20.590), Materiais de Construção (-11.481); Lojas de Departamentos (-10.527) e Comércio Automotivo (-9.262). As menores perdas se deram nos segmentos de Livraria e Papelaria (-2.170) e Informática e Comunicação (-2.227).

“São números preocupantes mas que, infelizmente, não nos causam surpresa. Tivemos em 2016 o pior ano para as nossas vendas da história. Até novembro, perdemos 10,2% de nossas vendas, o que representa cerca de R$ 2 bilhões a menos em faturamento. Amargamos uma sequência de 17 meses de retração e tivemos dois dos três piores desempenhos para um único mês em todo o nosso histórico de vendas (-13,2% em julho e -12,4% em janeiro). Estava muito claro que muitas empresas não iriam suportar este contexto. Já tínhamos visto que, segundo a Jucern, tivemos 9.976 empresas fechadas no ano passado contra 7.219 em 2015 (considerando todos os segmentos, uma alta de 38,2%). E claro que tudo isso refletiu no volume de empregos gerados. No ano passado, no estado como um todo, foram -15.806 vagas, um número 28,52% maior que aquele registrado em 2015, que teve saldo de -12.298 empregos. Somente o setor de Comércio teve saldo negativo de 3.778. São números que precisam chamar a atenção da sociedade e, sobretudo, dos Poderes Públicos. Precisamos nos unir em torno de um pacto pela retomada do crescimento. E isto é urgente”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

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