O rendimento médio domiciliar per capita de 2022 no Rio Grande do Norte foi de R$ 1.235 para o total da população potiguar, valor que é um pouco acima da região Nordeste (R$ 1.011,00) e abaixo da média nacional (R$ 1.586,00). No estado, o rendimento domiciliar per capita mediano (ao que até metade da população tem acesso) equivalia a cerca de 60% do rendimento médio e foi de R$ 734,00 em 2022, valor inferior ao salário-mínimo nacional vigente nesse ano (R$ 1.212,00). Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgados nesta quarta-feira (6), pelo IBGE.
Nacionalmente, o rendimento mediano é de R$ 997,00, ao passo em que no Nordeste é de R$ 624,00. De todo o Nordeste, o Rio Grande do Norte é o estado que tinha os maiores rendimentos (médio e mediano). Os menores eram do Maranhão que eram R$ 833,00 e R$ 573,00, respetivamente.
Em 2022, em comparação com 2021, o rendimento médio domiciliar per capita aumentou pouco menos de 1%, com crescimento de 35% nos rendimentos médio e mediano das pessoas pretas.
Entre as mulheres pretas ou pardas, o rendimento médio saiu de R$ 907,00 em 2021 para R$ 1.017,00 em 2022 e o mediano de R$ 547,00 para R$ 673,00. Já entre os homens pretos, o aumento do rendimento mediano foi de 19% (de R$ 584,00 para R$ 695,00). Em contrapartida, o rendimento médio dos homens pretos caiu 10%, saindo de R$ 1.207,00 em 2021 para R$ 1.091,00 em 2022.
O índice de Gini do rendimento domiciliar per capita no Rio Grande do Norte foi de 0,526 em 2022, recuando em relação a 2021 (0,587). Esse número indica redução na desigualdade nos rendimentos, uma vez que neste indicador, quanto mais próximo do número 1, maior é a desigualdade. Quando o indicador é recalculado, retirando-se as fontes de rendas oriundas de benefícios de programas sociais governamentais, ele sobe para 0,576.
Maioria da população potiguar vive com rendimento domiciliar de até um salário-mínimo
A Síntese de Indicadores Sociais mostra que 72,5% da população potiguar em 2022 vivia com até o valor de 1 salário-mínimo per capita mensal, sendo 15,2% com até ¼ salário-mínimo per capita e 25,1% com mais de ¼ até ½.
Pobreza no Rio Grande do Norte cai para 44,2% da população em 2022, após alcançar 50,9% em 2021
O percentual de pessoas em extrema pobreza, ou seja, que viviam com menos de R$ 200,00 por mês, no Rio Grande do Norte, caiu para 9,4% em 2022, após alcançar 14,9% em 2021. Já a proporção de pessoas em situação de pobreza, que viviam com até R$ 637,00 por mês, caiu de 50,9% em 2021 para 44,2% em 2022. Em termos de contingente, em 2022, havia 33,7 mil pessoas na extrema pobreza e 1,6 milhões na pobreza.
O Instituto considerou, nessa análise, os parâmetros do Banco Mundial de US$2,15/dia para extrema pobreza e de US$ 6,85/dia para a pobreza, em termos de Poder de Paridade de Compra (PPC) a preços internacionais de 2017. Essas são as linhas utilizadas para o monitoramento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 (ODS1: Erradicação da Pobreza), e foram atualizadas pelo Banco Mundial em 2022, sendo, até então, utilizados os valores de US$1,90 PPC 2011/dia para extrema pobreza e US$ 5,50 PPC 2011/dia para pobreza.
Fonte: Tribuna do Norte.