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7 de junho de 2023

Preço da cesta básica cai em Natal e mais 10 capitais

O preço da cesta básica de alimentos caiu em 11 capitais no mês de maio em comparação com abril. As maiores quedas ocorreram em Brasília (-1,9%) e Campo Grande (-1,85%). As altas principais foram observadas em Salvador (1,42%) e Curitiba (1,41%). Em Natal, os doze produtos da cesta custaram R$ 602,16 em maio, o que representa uma diminuição de 0,62% em relação a abril. No comparativo com maio de 2022, a cesta aumentou 2,68% e, nos primeiros cinco meses do ano, variou 3,05%. Os dados, divulgados nesta terça-feira (6), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa 17 cidades brasileiras.

Entre abril e maio de 2023, quatro produtos que compõem a cesta básica tiveram aumento nos preços médios: tomate (4,48%), manteiga (2,00%), feijão carioca (0,46%) e farinha de mandioca (0,46%). O pão francês não apresentou variação do preço médio. Outros sete bens apresentaram diminuição no preço médio: óleo de soja (-5,91%), café em pó (-3,42%), carne bovina de primeira (-3,09%), leite integral UHT (-2,08%), banana (-1,08%), arroz agulhinha (-0,69%) e açúcar refinado (-0,47%).

No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em sete dos doze produtos da cesta: farinha de mandioca (29,60%), feijão carioca (22,76%), manteiga (22,15%), arroz agulhinha (13,39%), pão francês (11,56%), leite integral UHT (11,45%) e banana (4,96%). As quedas acumuladas foram registradas no preço do óleo de soja (-25,02%), carne bovina de primeira (-8,50%), açúcar refinado (-7,96%), café em pó (-5,60%) e tomate (-5,31%).

Em maio passado, o trabalhador de Natal, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00, precisou trabalhar 100 horas e 22 minutos para adquirir a cesta básica. Em abril, quando o piso era ainda R$ 1.302,00, necessitou de 102 horas e 23 minutos. No mesmo período do ano passado, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, foram necessárias 106 horas e 27 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em maio deste ano, 49,32% da remuneração de R$ 1.320,00, para adquirir os doze produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em abril, o percentual comprometido foi de 50,31%. Já em maio de 2022, o trabalhador comprometia 52,31% da renda líquida.

Cenário nacional

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 791,82), seguida de Porto Alegre (R$ 781,56), Florianópolis (R$ 765,13) e do Rio de Janeiro (R$ 749,76). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 553,76), João Pessoa (R$ 580,95) e Recife (R$ 587,13).

Comparando o preço da cesta de maio de 2023 com o do mesmo mês de 2022, houve aumento em 14 capitais, com variações que oscilaram de 0,98%, em Aracaju, a 7,03%, em Fortaleza. Em três capitais houve queda: Recife (-1,47%), Curitiba (-1,38%) e Florianópolis (-0,9%).

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano (de janeiro a maio), o custo da cesta básica aumentou em 11 capitais, com destaque para as taxas acumuladas em Aracaju (6,28%), Belém (4,75%) e Salvador (4,14%). As quedas, que ocorreram em seis capitais, variaram de -4,24%, em Belo Horizonte, a -0,4%, no Rio de Janeiro.

Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas da família de um trabalhador com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário, em maio, deveria ter sido R$ 6.652,09 ou 5,04 vezes o mínimo atual, de R$ 1.320.

Fonte: Tribuna do Norte

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