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3 de agosto de 2022

Pessoa física investe 2,8% a mais no semestre e supera R$ 4,6 trilhões

O volume financeiro movimentado por pessoas físicas em corretoras, bancos e plataformas de investimentos superou R$ 4,6 trilhões no primeiro semestre. O número representa uma alta de 2,8% em relação a dezembro de 2021, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O total do período só não foi maior pela retração do volume vindo do segmento private (-1,7%), afirmou Ademir Correa, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, em coletiva na tarde desta terça-feira. A alta foi puxada pelos varejos de alta renda (+5,4%) e tradicional (+5,9%) que movimentam volumes menores. “Se não houvesse a queda no private, a porcentagem geral seria mais próxima da observada no varejo. Mas é um movimento natural por conta do prolongamento desse momento com guerra, cenário pós-pandemia e inflação”, diz Correa.

Varejo prefere renda fixa

A renda fixa foi o segmento que mais cresceu na carteira dos investidores pessoa física durante o semestre, pulando de 57,5% do total em dezembro para 61,3% em junho. A renda variável encolheu (de 19,5% para 16,7%), assim como os ativos híbridos – fundos multimercado, fundos de índice (ETFs), fundos imobiliários e certificados de operações estruturadas (COEs) -, que reduziram o espaço de 17,8% para 16,7% do total. O segmento de previdência segue ocupando 3,7% das carteiras.

Segundo a Anbima, 81,7% do volume financeiro do investidor de varejo está na renda fixa, enquanto no private o segmento representa 27,5% do total. Ainda no varejo, a poupança é o produto favorito (32,9% da carteira), com os certificados de depósito bancário (CDBs) em segundo lugar (19,9%).

Embora favorita, a poupança teve retração de 2,3% no volume financeiro do semestre, considerando todos os investidores. Na avaliação de Correa, o total na poupança diminuiu por conta do “retorno à normalidade com o pós-pandemia” e o aumento do consumo.

Em relação ao segmento private, observa-se maior concentração dos recursos em renda variável (30,5%) e em ativos híbridos (28,1%) – entre eles, os fundos multimercados ganham destaque (24,2%). Na comparação com o volume do varejo, os números para renda variável são menores: o varejo de alta renda tem 11,4% no segmento e o tradicional, apenas 6%.

Fundos de ações e multimercados têm fuga de capital

O volume movimentado em fundos de investimento teve uma variação negativa em 3,5% no semestre, com perda maior nas classes de ações (-18%) e multimercados (-5,1%). Os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) também apresentaram recuo forte, de 20,5%.

“Isso decorre da turbulência vista nos mercados”, avalia Correa. “Em cenários assim, os investidores fazem movimentos mais conservadores”, justifica, apontando que os fundos de renda fixa e imobiliários tiveram altas de 4,5% e 5,3%, respectivamente.

CDB e LCA são mais distribuídos

Os CDBs e as letras de crédito do agronegócio (LCAs) disputam o ranking dos títulos mais comercializados pelas instituições, aparecendo em 79,2% e 65,2% das casas, respectivamente.

Fonte: Tribuna do Norte

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