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21 de julho de 2017

Natal perde 5% dos leitos de hospedagem em cinco anos

Apesar da maior queda no Brasil, cidade está em segundo lugar entre as capitais que mais têm oferta percentual de leitos. Dados são do IBGE

Natal perdeu 4,7% dos seus leitos de hospedagem entre 2011 e 2016 – a maior queda registrada no país. No mesmo período, o Brasil registrou crescimento de 15%. As informações são da Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH) 2016, realizada pelo IBGE com o Ministério do Turismo.

Além de Natal, apenas Boa Vista (RR) e Curitiba (PR) perderam leitos nos cinco anos, sendo -3,8% em cada uma das capitais.

Segundo o estudo, a capital potiguar contava com 28,3 mil leitos no ano passado, enquanto em 2011, eram aproximadamente 29,7 mil. Apesar da redução, a capital potiguar ainda tem o terceiro maior número de hotéis e leitos do Nordeste, atrás apenas de Salvador (BA) e Fortaleza (CE).

Quando considerada a proporção populacional, a cidade tem a segunda maior rede nacional, com 3.232 leitos para cada 100 mil habitantes. Fica atrás apenas de Florianópolis (SC), que conta com 6.455 leitos para cada 100 mil pessoas.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio Grande do Norte (ABIH/RN), José Odécio, a queda do número de leitos não reflete o momento da rede hoteleira potiguar. “Não temos notícias de fechamentos de unidades. Pelo contrário, novos hotéis abriram na cidade. O que pode ter acontecido foi o fechamento de pousadas e flats, por exemplo, que tiveram dificuldade de se manter durante a crise econômica”, afirmou. Se algum hotel fechou quartos, foi para fazer reformas, considerou ele.

Os dados do IBGE confirmam que a cidade teve um acréscimo de 5,7% no número de estabelecimentos de hospedagem nos últimos cinco anos. Mas a média de leitos por unidade caiu de 140 para 127. No Rio Grande do Norte, as pousadas representam 51% da rede hoteleira.

José Odécio considera que a principal dificuldade do setor ultimamente tem sido manter a ocupação dos quartos. O problema está na atração do turista nacional, que, segundo ele, tem que pagar mais caro pela passagem de avião para desembarcar no Rio Grande do Norte.

“Chega a custar 20% a mais. Nós fazemos divulgação do destino, o governo também tem feito, mas hoje em dia não vendemos mais destino, vendemos preço. Sem isso, o turista vai para outro lugar”, disse.

No início de julho, a ABIH fez um levantamento que apontou 50% de ocupação na rede hoteleira. Em 2016 havia sido 65%. O presidente afirma que aguarda o fim do mês para fazer uma apuração final. “Com certeza, vai ter um acréscimo”, pontuou. A expectativa é conseguir alcançar pelo menos a mesma quantidade do ano passado. “Mas a gente só está conseguindo isso, porque os hotéis estão fazendo promoção, reduzindo a tarifa em uma média de 20%”, ressaltou.

Ele ainda classificou como ‘caos’ o fechamento noturno da pista do Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, entre setembro e outubro. A pista do terminal apresentou um afundamento e passará por reforma três anos após a inauguração. “Vamos perder muito. A hotelaria é o primeiro setor a sentir o impacto, mas toda uma cadeia de serviços do turismo será atingida”, concluiu.

O Rio Grande do Norte atualmente tem mais de 52,8 mil leitos distribuidos em 669 unidades de hospedagem, representando 2,2% do setor no Brasil e quase 10% no Nordeste. Quando comparado aos demais estados da região, o estado fica em quarto lugar, atrás da Bahia, do Ceará e de Pernambuco.

Fonte: G1 Economia

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