Em maio, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mantém a tendência de queda que vem sendo registrada desde o início do ano, com recuo na comparação mensal de 2,3% (122,4 pontos), e na anual, de 4,2%, alcançando o pior índice da série histórica iniciada em 2011. A inflação pressionada, principalmente de serviços e de alimentos, os juros altos e as incertezas sobre o futuro próximo mantiveram o ritmo da intenção de consumo em queda. Apesar do resultado, o índice ainda se mantém acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável.
Todos os componentes da pesquisa apresentaram variação negativa, tanto mensal quanto anual. Os que apresentaram maior queda foram Momento para Duráveis, Perspectiva Profissional e Perspectiva de Consumo. O item Momento para Duráveis apresentou o maior recuo, com queda de 4,9% na comparação mensal e de 13,6% em relação a 2013. “O cenário de pessimismo causado pelas inseguranças até o final do ano e o elevado nível de endividamento, combinado com a tendência de alta da taxa básica de juros, vem desaquecendo o consumo”, observa Juliana Serapio, economista da CNC.
O componente Nível de Consumo Atual alcançou o menor resultado da série (97,9 pontos), com queda de 0,4% em relação ao mês anterior e de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo igual ao do ano passado (36,6%).
Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a previsão da Divisão Econômica da CNC é que o volume de vendas do varejo obtenha um crescimento ao redor de 4,9% em 2014.
Confira a análise completa e os gráficos da ICF
*Fonte: CNC