*O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo, enquanto um recuo implica encolhimento da produção econômica.
A previsão do crescimento do PIB em 2025, recuou de 2,19% para 2,18%. O PIB do Brasil desacelerou no segundo trimestre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade econômica cresceu 0,4% em comparação aos primeiros três meses do ano, quando teve alta de 1,3% com destaque para a expansão do agro.
Confira como ficaram as demais projeções do PIB:
- para 2026, passou de 1,87% para 1,85%;
- para 2027, foi de 1,89% para 1,88%; e
- para 2028, é de 2%.
O Ministério da Fazenda espera que a economia brasileira suba 2,5% neste ano, enquanto o Banco Central projeta uma expansão de 2,1%. A expectativa é que o crescimento PIB siga em ritmo mais moderado no segundo semestre.
Inflação
O mercado financeiro não fez alterações na projeção de inflação para 2025, que permaneceu em 4,85%. Por outro lado, o mercado reduziu as estimativas de inflação para os próximos três anos.
Confira como ficaram as estimativas para a inflação:
- para 2026, caiu de 4,31% para 4,30%;
- para 2027, passou de 3,94% para 3,93%; e
- para 2028, recuou de 3,80% para 3,70%.
Embora esteja acima do teto da meta deste ano, de 4,50%, a estimativa do mercado para a inflação de 2025 dá sinais de estar se aproximando ao limite superior do objetivo traçado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A inflação ficou acima do teto da meta em junho, com acumulado de 5,35% — a primeira vez que um estouro foi registrado no novo regime, que utiliza o acumulado de 12 meses, chamado de “meta contínua”.
*No regime de meta contínua, o índice é apurado mês a mês. Caso o acumulado dos meses fique acima do fixado por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida.
Para agosto, os analistas consultados pelo BC apostam em uma queda de 0,15% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o termômetro da inflação do país. O IPCA de agosto será divulgado nesta quarta-feira (10/9).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação, indicou uma deflação de 0,14% em agosto. O valor foi o menor desde setembro de 2022 (-0,37%) e o primeiro negativo desde julho de 2023.
Taxa de juros
Na reunião de julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros do país, a Selic, em 15% ao ano e, assim, encerrar o ciclo de altas dos juros.
O mercado manteve, pela 11ª semana consecutiva, a projeção da Selic em 15% ao ano, conforme as estatísticas do Focus. Ou seja, os analistas não esperam novas elevações ou cortes em 2025.
As previsões dos analistas para os demais anos seguem as mesmas, confira abaixo:
- Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
- Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
- Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.
A próxima reunião do Copom está marcada para 16 e 17 de setembro.
Dólar e balança comercial
Nesta edição do Focus, os analistas financeiros revisaram para baixo as estimativas para a taxa de câmbio deste e dos próximos três anos. Confira as projeções do mercado para o dólar:
- 2025: passou de R$ 5,56 para R$ 5,55.
- 2026: recuou de R$ 5,62 para R$ 5,60.
- 2027: caiu de R$ 5,62 para R$ 5,60.
- 2028: foi de R$ 5,60 para R$ 5,56.
Balança comercial
O saldo previsto para a balança comercial (diferença entre o total de exportações e importações) deste ano ficou em US$ 65 bilhões de superávit pela quarta semana seguida. Já as projeções referentes aos próximos três anos foram revisadas para cima.
Confira o que o mercado espera da balança comercial para:
- 2026: a projeção de superávit aumentou de US$ 68,70 bilhões para US$ 69 bilhões.
- 2027: a previsão para o saldo positivo da balança comercial subiu de US$ 79,75 bilhões para US$ 79,90 bilhões.
- 2028: a expectativa de superávit cresceu de US$ 78,13 bilhões para US$ 81,10 bilhões.
Em agosto, o saldo da balança comercial foi superavitário (quando as exportações superam as importações) em US$ 6,1 bilhões. Foi o melhor resultado para meses de agosto desde 2023, bem como o terceiro maior da série histórica para o período.
No ano (de janeiro a agosto), acumula saldo positivo de US$ 48,8 bilhões, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Fonte: Metrópoles