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7 de maio de 2014

Fecomércio espera alta de 4,5% nas vendas do Dia das Mães

Aumento deve ficar abaixo dos cerca de 6,5% registrados em 2013. Para o mês de maio inteiro, expectativa é de 8%, também abaixo dos 10,8% registrados no ano passado

A combinação de preços em alta, crédito mais caro, confiança do consumidor em baixa e aumento do endividamento devem impactar negativamente nas vendas para o Dia das Mães (que será comemorado no próximo domingo, 11/05). Segundo estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN, o incremento previsto para este ano será bem menor que os 6,5% registrados no ano passado, estacionando na casa dos 4,5%. Com isso, o resultado esperado para o mês de maio inteiro também tende a ficar abaixo do que foi registrado em 2013. “Para o mês de maio, esperamos um incremento final na casa dos 8%, contra 10,8% que emplacamos em maio de 2013”, diz o presidente da entidade, Marcelo Fernandes de Queiroz.

O empresário explica que o atual cenário nacional não é favorável ao consumo. “Temos preços em alta, inclusive acima da meta inflacionária; nível de endividamento das famílias crescente e um maior aperto no crédito. Esta combinação de fatores é extremamente prejudicial ao consumo. Mas, é sempre bom registrar, que o crescimento estimado de 4,5% é positivo, sim. Embora seja menor que o do ano passado, emplacar alta de vendas em uma data que está entre as três melhores para o comércio ao longo do ano é sempre algo para se comemorar”, afirma o presidente do Sistema Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

O empresário afirma ainda que o menor crescimento previsto para o mês de maio é fruto do impacto deste cenário no Dia das Mães e que existe uma expectativa mais positiva de retomada para os mês de junho. “Junho é um mês forte no Nordeste. Mais forte que no restante do país, por causa dos festejos juninos. Este ano, teremos a Copa que trará turistas a mais ao nosso estado – mesmo que em um volume, a nosso ver, menor do que aquele que esperávamos”, diz ele.

Já em relação ao mês de julho, Queiroz é mais cauteloso. Com a Copa do Mundo Fifa, as escolas modificaram seus calendários e as férias escolares do meio do ano devem ser bastante reduzidas. Isto deve impactar no movimento turístico e, claro, no comércio. Ainda precisamos esperar um pouco para avaliar com mais calma qual será este impacto real”, finaliza ele.

INDICADORES CRIAM AMBIENTE DESFAVORÁVEL AO CONSUMO
Nível de endividamento das Famílias cresce:
O percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 62,3% em abril de 2014, aumento de 1,3 ponto percentual em relação aos números de março.

Além disso, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso apresentou pequena alta na comparação mensal, passando de 20,8% para 21,0% do total. Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou em 6,9% em abril de 2014, ante 6,7% registrados em abril de 2013.

Preços também estão em alta:
O índice de inflação em março, medido pelo IPCA (oficial), ficou em 0,92%, o maior percentual para o mês desde 2003. No acumulado dos últimos doze meses, o índice fechou em 6,15%, acima da meta estipulada pelo governo, que é de 4,5% para doze meses.

Crédito mais caro
A taxa básica de juros está em 11% ao ano, ou 3,5 pontos percentuais maior que em abril de 2013. Claro que esta diferença impacta em todas as modalidades de crédito. A taxa de juros média para pessoa física, está hoje na casa dos 5,84% ao mês – ou 97,49% ao ano. Há um ano, esta mesma média estava na casa dos 5,43% ao mês (88,61% ao ano).

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