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10 de dezembro de 2024

Endividamento registra queda em Natal, mas inadimplência segue em alta no mês de novembro

Pesquisa da CNC mostra melhora na condição financeira de parte das famílias natalenses, mas aponta desafios para o equilíbrio das contas

O endividamento das famílias natalenses apresentou queda em novembro de 2024, alcançando o menor índice para o mês desde 2019. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 225,4 mil das famílias na capital potiguar (83,9%) estavam endividadas, frente a 86,6% em novembro de 2023. Este foi o sexto mês consecutivo de queda no indicador.

O aumento da renda, pela maior geração de empregos, queda do desemprego e maior transferência de renda via benefícios sociais, aliado à maior utilização do PIX como meio de pagamento, delinearam a queda do endividamento na capital potiguar.

Por outro lado, a inadimplência, que mede o percentual de famílias com contas em atraso, voltou a crescer, atingindo 122,9 mil famílias (45,8%) em novembro. Apesar do aumento, o índice ainda está abaixo dos 55,4% registrados no mesmo período do ano passado. Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, o cenário traz pontos de atenção. “Embora a redução do endividamento mostre avanços, a alta da inadimplência reforça a necessidade de medidas que ajudem as famílias a reorganizarem suas finanças. É fundamental que a renda extra de fim de ano, como o 13º salário, seja utilizada de forma estratégica para equilibrar os compromissos”, afirmou.

A pesquisa também destacou que 60,1% das famílias com contas em atraso possuem dívidas há mais de 30 dias. A manutenção da inadimplência, que mede o percentual de famílias sem condições de quitar dívidas, voltou ao patamar de novembro de 2023, registrando 6,3 mil famílias (2,4%).

Comparação com a média nacional
Enquanto o endividamento em Natal apresentou queda, o índice nacional teve leve alta, alcançando 77% em novembro de 2024, acima dos 76,6% do ano anterior. Já a inadimplência nacional ficou estável em 29,3%, levemente superior ao registrado em novembro de 2023 (29%).

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