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8 de novembro de 2024

Endividamento cai, mas inadimplência sobe entre famílias natalenses em outubro

Capital potiguar registra o menor índice de endividamento para o mês de outubro desde 2019, enquanto inadimplência volta a crescer após seis meses de queda

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou que o endividamento das famílias de Natal registrou em outubro uma redução, chegando ao menor patamar para o mês desde 2019.

Com 226 mil famílias endividadas, o índice corresponde a 84,2% do total, e representa o quinto mês consecutivo de queda. Na comparação com outubro de 2023, a participação do endividamento também é menor, quando 86,2% das famílias afirmavam que possuíam contas ou dívidas contraídas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros.

“Esse recuo é atribuído ao aumento da renda familiar, impulsionado por programas sociais e pela redução do desemprego, além da crescente utilização do Pix como meio de pagamento”, explica o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

Apesar da queda no endividamento, a inadimplência voltou a subir, afetando 121,5 mil famílias, ou 45,3% do total, encerrando uma sequência de seis meses de diminuição do indicador. Embora esse índice seja inferior ao registrado em outubro de 2023, quando a inadimplência alcançou 54,2%, o crescimento em meio ao aumento da taxa de juros acende um alerta sobre a saúde financeira da população.

Queiroz projeta que a expectativa é de que a inadimplência possa continuar subindo nos próximos meses, impulsionada pelos gastos típicos de final de ano e pelas obrigações financeiras do início do ano seguinte, como tributos e taxas.

Nacional

No cenário nacional, o endividamento também apresentou uma redução, chegando a 76,9% das famílias. Tradicionalmente, o percentual de endividados em Natal é superior ao da média nacional, mas a diferença entre os índices, que era de mais de dez pontos percentuais em outubro de 2023, diminuiu para sete pontos neste ano, indicando uma melhora gradual na condição financeira das famílias da capital.

Por outro lado, o aumento da inadimplência também foi observado em nível nacional, onde o índice subiu para 29,3%. “A inadimplência em Natal permanece acima da média brasileira, com uma diferença ampliada para 16 pontos percentuais, refletindo as dificuldades que as famílias locais enfrentam para honrar seus compromissos financeiros”, explica o presidente.

Além disso, o número de famílias em Natal que indicam não ter condições de quitar suas dívidas em atraso recuou, alcançando 7,1 mil, ou 2,6% do total. Essa foi a primeira queda após sete meses de alta, sugerindo que parte das famílias natalenses planeja utilizar a renda extra do final de ano, como o 13º salário e bonificações, para regularizar suas situações financeiras e manter o acesso ao crédito.

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