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19 de janeiro de 2015

Confiança dos empresários do RN fica acima da média em janeiro

56% esperam aumento no faturamento até fevereiro, mas isso não implica em novas contratações. 82% dos empresários pretendem manter o quadro de funcionários neste bimestre

Os donos de pequenas empresas no Rio Grande do Norte começam o ano com otimismo em relação aos negócios. O Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN) no estado atingiu 111 pontos em janeiro. Embora tenha diminuído seis pontos em relação ao mês anterior, o indicador potiguar ficou bem acima da média nacional, que alcançou 106 pontos. No Nordeste, o índice foi de 113 pontos. O indicador varia em uma escala que vai de 0 a 200. Acima de 100, o indicador revela tendência de expansão das atividades, enquanto abaixo desse valor direciona para possível retração.

O ICPN é calculado mensalmente pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), e divulgado com base em informações apuradas no mês anterior. O objetivo da pesquisa é medir o impacto da conjuntura econômica nos pequenos negócios e as expectativas dos empresários.

De acordo com o levantamento, que ouviu 6.259 empresários em todo o Brasil (200 deles apenas no
Rio Grande do Norte), todos os setores apresentaram tendência de retração em comparação com janeiro de 2014. O comércio e a construção civil foram os que tiveram a maior variação: -13 e -12 pontos respectivamente.

O setor industrial e o de prestação de serviços tiveram baixas de -9 e -7 pontos  respectivamente no cenário nacional. A pesquisa, no entanto, não mede os setores por estado, apenas o impacto para a economia nacional. Na visão de analistas, a queda da situação esperada condiz com o arrefecimento econômico típico no início do ano. Tradicionalmente, o primeiro bimestre tende a ser o mais fraco do ano.

Faturamento alto

Mas no Rio Grande do Norte, assim como nos demais estados nordestinos, o cenário não é tão negativo, já que a região apresentou o maior nível de otimismo, seguida da região Norte. O ICPN analisa a situação atual das pequenas empresas e sinaliza tendências para o futuro, quanto ao faturamento e admissão de pessoal. Apenas 13% dos donos de pequenas empresas do estado acham que terão perdas de receita até fevereiro. 32% esperam manter o faturamento e a maioria (56%) acredita que vai conseguir aumentar a receita do negócio no bimestre.

É o caso Geandro Lopes, que tem uma empresa – a Dom Geandro Dolci – fornecedora de doces, tortas finas e sobremesas para restaurantes, padarias e outros estabelecimentos comerciais. “Estou muito otimista. Consegui fechar parceria com vários restaurantes de Natal e o meu faturamento deve aumentar neste ano”, diz. A expectativa do empresário é finalizar janeiro com um faturamento em torno de R$ 70 mil, bem acima da previsão anterior que era de R$ 50 mil.

Mas todo esse ânimo pode não ser revertido em favor da economia. De acordo com a pesquisa, mesmo a maioria planejando faturar mais, isso não deve implicar em novas contratações de funcionários. 82% dos empresários potiguares afirmaram que vão manter o número de empregados. Apenas 9% espera contratar pessoal até o final de fevereiro, enquanto 8% prevê demissões neste bimestre.

As entrevistas foram realizadas em dezembro de 2014 e apresentam as expectativas para os meses (dez/jan/fev) e assim consolidam o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios do mês. Foram entrevistados microempreendedores individuais, microempresários e empresários de pequeno porte, sendo 200 em cada estado (exceto São Paulo, onde foram ouvidas 400 pessoas). A margem de erro para os dados estaduais é de sete pontos percentuais. ]

Fonte: Agência Sebrae

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