Recuo foi de 3,2% entre agosto e setembro, atingindo 100,7 pontos. FGV vê poucas perspectivas de melhora no horizonte de 3 a 6 meses.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 3,2% entre agosto e setembro, atingindo 100,7 pontos, o menor nível desde março de 2009 (100,4 pontos).
“A queda da confiança no terceiro trimestre decorre principalmente de avaliações desfavoráveis sobre o contexto atual, embora as perspectivas para os próximos meses continuem pessimistas. Entre o segundo e o terceiro trimestres, o índice de confiança caiu 5,3%, com as avaliações sobre a situação atual recuando 10,2% e as expectativas cedendo 1,5%, reforçando os sinais de um cenário de baixo crescimento até o final do ano”, diz Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
Em setembro, a queda do ICS foi determinada, principalmente, pela piora da percepção dos empresários em relação ao momento atual: o Índice de Situação Atual (ISA-S), que havia avançado 0,8%, em agosto, recuou 6,2%, chegando aos 82,0 pontos, o menor nível da série histórica, iniciada em junho de 2008. Já o Índice de Expectativas (IE-S) cedeu em 1,0%, após cair 5,7% no mês anterior.
De acordo com a FGV, o resultado de setembro confirma que o nível de atividade do setor continua fraco ao final do trimestre. Considerando-se médias trimestrais, o resultado do terceiro trimestre de 2014 é o segundo menor da série, ficando atrás somente do primeiro trimestre de 2009.
A entidade informa que a redução significativa observada em agosto e setembro sugere que, ainda que tenha se encerrado o período atípico para a atividade produtiva, em função da Copa do Mundo, a avaliação predominante continua sendo de enfraquecimento gradual da demanda e de poucas perspectivas de melhora no horizonte de 3 a 6 meses.
*Fonte: CNDL