As aplicações financeiras são as modalidades mais citadas pelo brasileiro quando o assunto é precaver-se contra situações indesajáveis, mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (28) pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), em parceria com o Instituto Ipsos.
O seguro é opção de 35% dos brasileiros que buscam proteger-se de imprevistos, contra 36% dos que preferem aplicar seu dinheiro, de acordo com o estudo. Em terceiro lugar, a economia doméstica não convertida em investimentos é adotada por 29% das pessoas para este fim.
Entre os que se preocupam com o futuro (66% dos brasileiros), mas não contratam seguros, mais da metade (53%) alega não possuir renda suficiente. O segundo principal motivo, apontado por 44%, é a falta de interesse pelo produto.
“Falta cultura de seguros no Brasil, o que implica em mais educação financeira de curto, médio e longo prazo”, acredita o presidente da Fenaprevi, Osvaldo do Nascimento.
Para o executivo, outro entrave é o preço dos seguros, ainda inacessível para a baixa renda. “Os produtos têm potencial de ficar mais baratos, se forem mais massificados, algo que os microsseguros ainda não conseguirem alcançar”, afirma.
Quanto ao seguro de pessoas, embora 96% das pessoas afirmem já ter ouvido falar sobre o produto, 64% desconhecem suas coberturas. Nesta categoria, o seguro por morte é o mais lembrado, com 90% das menções, seguido por seguro por invalidez, acidente pessoal e funeral.
De janeiro a agosto de 2014, as seguradoras pagaram R$ 4,8 bilhões em indenizações a segurados e beneficiários dos seguros de pessoas – que incluem modalidades como seguro de vida e acidentes pessoais – volume 18,25% maior ante o mesmo período de 2013.
Nos oito primeiros meses deste ano, o mercado de seguros de pessoas movimentou R$ 17,4 bilhões em prêmios (valor arrecadado pelas seguradoras), um aumento de 2,33% frente o mesmo período do ano passado.