Por uma Natal sustentável social, ambiental e economicamente
Marcelo Queiroz
Presidente do Sistema Fecomércio RN
Por definição, o Plano Diretor é o “instrumento básico da política de desenvolvimento do Município”. Sua principal finalidade é “orientar a atuação do Poder Público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural, e na oferta dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população”.
Pois bem. Isto posto, e considerando que vivemos o crucial momento de discutirmos o Plano Diretor de Natal, permitam-me algumas considerações acerca do tema.
Nesta segunda-feira, 9, em parceria com o IAB RN, apoio do Crea RN e contando com a participação de profissionais ligados ao urbanismo e meio ambiente, especialistas e estudiosos, inclusive de outros estados, a Fecomércio RN irá realizar um seminário denominado “DesEnvolve Natal”. Um evento que tem como foco lançar luzes sobre este que, a meu ver, é um dos assuntos mais importantes do momento na capital potiguar.
Este evento será um dos ápices de um trabalho que começamos há cerca de seis meses, quando demos início a um grupo de debate que tem reunido, na sede da Fecomércio, profissionais e instituições competentes e sérias, semanalmente, para discutir o nosso Plano Diretor.
Depois de acompanhar boa parte destes debates, posso afirmar, com convicção, que o atual Plano Diretor de Natal tem travas incompreensíveis e que tornam completamenteinviáveis áreas enormes e extremamente estratégicas para o nosso desenvolvimento.
Em alguns locais da cidade os sinais de decadência são visíveis, deixando claro que o plano atual não foi capaz de induzir um adensamento adequado e acabou por empurrar o crescimento da cidade para bairros periféricos, onde a população não conta com a infraestrutura mínima. Tal movimento obriga o Poder Público a realizar novos investimentos e provoca uma injustificada e desnecessária pressão no sistema viário e de transporte público.
Eu não tenho nenhuma dúvida de que é a falta de uma política inclusiva e inteligente de aproveitamento do solo urbano que tem feito com que os bairros centrais de nossa cidade, onde toda a infraestrutura está pronta, se tornem áreas proibidas às camadas sociais mais vulneráveis.
Por isso é urgente um debate amplo e plural, que englobe ideias e experiências vitoriosas de outras cidades brasileiras e até do exterior. O modelo a ser perseguido deve contemplar mecanismos modernos de promoção do desenvolvimento sustentável social, ambiental e economicamente.
Precisamos sair da estagnação em que nos encontramos. Até porque, fomos atirados a ela em nome de conceitos errôneos e, muitos deles, até mesmo mal explicados.
O mundo hoje é muito mais consciente das suas responsabilidades ambientais. É urgente rediscutirmos o uso equilibrado, integrado e respeitoso, por exemplo, de áreas de proteção ambiental. Elas também são patrimônio desta cidade e de seu povo.
Alterar, com bom senso, equilíbrio e maturidade, o nosso Plano e dar-lhe um caráter mais desenvolvimentista terá reflexos diretos na melhoria de nossa cidade em todos os aspectos. E, com isso, ganham todos os natalenses. E é isso o que importa!
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você acha mais interessantes e úteis.
Cookies estritamente necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desabilitar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.