Por Marcelo Queiroz
Presidente do Sistema Fecomércio RN
Chegou o final de ano. De longe, a época mais esperada pelo comércio. É tempo de confraternizações, presentes, viagens, dinheiro extra circulando na economia. Enfim, é tempo de boas notícias. É verdade que nos últimos quatro anos temos chegado ao final do mês de dezembro com um forte sentimento de frustração. Mas, este ano, temos muitos motivos para acreditar que será diferente e, sim, viveremos nos meses de setembro a dezembro, finalmente, o auge efetivo do crescimento das vendas de produtos e serviços e, por consequência, veremos nossa economia aquecida.
Para começar, este ano teremos, somente aqui no Rio Grande do Norte, pouco mais de 1,3 milhão de contas inativas do FGTS cujos saques de até R$ 500 serão liberados entre outubro e dezembro. Isso representa um valor a total de aproximadamente R$ 360 milhões a mais na economia. Boa parte deste dinheiro irá para o consumo, turbinando as vendas.
Outra boa notícia é que, ao que tudo indica, tanto a Prefeitura de Natal quanto o Governo do Estado irão pagar em dia o décimo terceiro salário aos seus servidores, representando algo em torno de R$ 512 milhões em recursos extraordinários circulando na economia. Percebam que, somente aí, serão R$ 872 milhões em circulação entre os meses de setembro e dezembro.
Também cabe considerar que, desde junho, voltamos a registrar crescimento do emprego formal, acumulando um saldo positivo entre junho e setembro de pouco mais de 8.200 vagas com carteira assinada. São pessoas que passaram a ter salário, a poder consumir com mais tranquilidade e em maior volume. Claro que isso também se reflete nas nossas expectativas para as vendas de final de ano.
Também estamos assistindo, aos poucos, a retomada da atividade de exploração de poços terrestres de petróleo em Mossoró, segunda maior cidade do estado e cuja pujança econômica tende a se refletir em toda a região Oeste. Empresas de médio e pequeno porte estão ocupando o espaço que a Petrobras havia deixado vazio e fazendo girar a economia da cidade.
Por fim, mas não menos importante, contribui para o clima de positivismo a recente aprovação da reforma da previdência (que representará redução considerável de gastos públicos), o programa de desestatização, a MP da Liberdade econômica (que desburocratizou boa parte da economia) e o recente Pacote Econômico – anunciado esta semana – que tem o potencial de promover uma reforma histórica no Estado Brasileiro, em seus três níveis. Tudo isso gera, ainda as boas expectativas para retomada dos investimentos, sobretudo os estrangeiros.
Diante disso, meus amigos, há chances reais de vermos 2019, finalmente, nos trazer um número relevante em termos de crescimento de vendas no final de ano. Terminamos 2018 com uma alta de 5,7% nas vendas. Porém, o número que, à primeira vista, parece muito alvissareiro, se dissolve quando verificamos que, de 2015 a 2017, vimos as vendas do comércio varejista potiguar despencarem 17,1% no acumulado.
Com a recuperação de 5,7% no ano passado, restam ainda 11,4% para recuperarmos. Até setembro, segundo dados do IBGE, estamos com um crescimento de apenas 0,2%. Nossa estimativa é que saltemos, em outubro, novembro e dezembro, para um acumulado de algo em torno de 7%, fechando 2019 como o melhor ano de vendas desde 2014, quando teve início a fatídica crise econômica da qual temos tido tanta dificuldade de sair. E que venha 2020.
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