Marcelo Fernandes de Queiroz
Presidente da Fecomércio RN
Recentemente, foram divulgados os números do desempenho dos segmentos do Comércio e Serviços do Rio Grande do Norte, no ano de 2021. Fechamos o exercício com vários indicadores importantes positivos. E este é um motivo para comemoração!
Segundo os dados do Caged, do Ministério do Trabalho, registramos em 2021 um saldo superior a 32 mil novas vagas abertas em todas as atividades econômicas, o que nos levou a recuperar, com uma folga de quase 15 mil postos, todos os empregos que perdemos entre 2015 e 2020.
Vale, ainda, pontuar que os setores de Comércio e Serviços foram, novamente, as grandes locomotivas do emprego formal no RN, representando mais de 70% de todos os postos de trabalho.
Outro dado animador foi o do setor de Serviços que fechou com alta de 10,2%, puxados, predominantemente, pelos segmentos de saúde e serviços às famílias, estimulados pelas demandas decorrentes da pandemia. Só em dezembro de 21, o setor Serviços no Rio Grande do Norte cresceu 10,8%, sendo a décima taxa positiva consecutiva.
O varejo potiguar, por outro lado, teve crescimento de 2,3%, ficando a baixo das nossas projeções. Esperávamos uma alta de 5%, mas o cenário não se mostrou favorável para o consumo. O empobrecimento da população, o alto índice de endividamento e de inadimplência dificultou a ida dos potiguares às compras, principalmente no final de ano, historicamente a melhor época para o nosso Comércio.
Devemos entender esses números como um importante passo na trajetória de recuperação econômica. Desde o início desta crise, sabíamos que não iríamos engatilhar uma recuperação imediata. Imaginávamos e temos visto um progresso gradativo.
Por isso, se torna essencial que os empreendedores tenham a garantia do pleno funcionamento das atividades econômicas no estado. As empresas fizeram investimentos, treinaram equipes, revisaram processos internos e têm seguido todos os protocolos estipulados. Tivemos inúmeros prejuízos nos últimos dois anos e é essencial manter as atividades em funcionamento, especialmente em um cenário onde a vacinação está consolidada.
Quando falamos de perspectivas para 2022, tenho grandes esperanças para este novo ano. Os números iniciais de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Rio Grande do Norte chamam a atenção pelo volume do crescimento de quase 22%, se comparado com janeiro de 2021. Quando o relacionamos com aquele registrado em janeiro de 2020, ou seja, pré-pandemia, o incremento foi de 3,18%.
Os números ratificam o acerto da luta da Fecomércio para ao manter a realização dos eventos privados e o funcionamento dos segmentos de lazer e alimentação fora do lar sem maiores restrições. Precisamos seguir firmes neste caminho para consolidar o ritmo de recuperação da nossa economia!