Pesquisa da CNC mostra melhora na condição financeira de parte das famílias natalenses, mas aponta desafios para o equilíbrio das contas
O endividamento das famílias natalenses apresentou queda em novembro de 2024, alcançando o menor índice para o mês desde 2019. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 225,4 mil das famílias na capital potiguar (83,9%) estavam endividadas, frente a 86,6% em novembro de 2023. Este foi o sexto mês consecutivo de queda no indicador.
O aumento da renda, pela maior geração de empregos, queda do desemprego e maior transferência de renda via benefícios sociais, aliado à maior utilização do PIX como meio de pagamento, delinearam a queda do endividamento na capital potiguar.
Por outro lado, a inadimplência, que mede o percentual de famílias com contas em atraso, voltou a crescer, atingindo 122,9 mil famílias (45,8%) em novembro. Apesar do aumento, o índice ainda está abaixo dos 55,4% registrados no mesmo período do ano passado. Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, o cenário traz pontos de atenção. “Embora a redução do endividamento mostre avanços, a alta da inadimplência reforça a necessidade de medidas que ajudem as famílias a reorganizarem suas finanças. É fundamental que a renda extra de fim de ano, como o 13º salário, seja utilizada de forma estratégica para equilibrar os compromissos”, afirmou.
A pesquisa também destacou que 60,1% das famílias com contas em atraso possuem dívidas há mais de 30 dias. A manutenção da inadimplência, que mede o percentual de famílias sem condições de quitar dívidas, voltou ao patamar de novembro de 2023, registrando 6,3 mil famílias (2,4%).
Comparação com a média nacional
Enquanto o endividamento em Natal apresentou queda, o índice nacional teve leve alta, alcançando 77% em novembro de 2024, acima dos 76,6% do ano anterior. Já a inadimplência nacional ficou estável em 29,3%, levemente superior ao registrado em novembro de 2023 (29%).