Por Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN
Mossoró, a Capital do Oeste, sempre teve no subsolo sua maior riqueza, mas nos últimos anos, esse tesouro enterrado voltou a brilhar com intensidade renovada. A retomada do setor de Óleo & Gás, iniciada em 2019 com a privatização dos campos maduros, trouxe novo combustível para a economia potiguar.
Números levantados pelo Instituto Fecomércio RN impressionam e contam uma história de transformação: entre 2020 e 2024, as exportações de petróleo bruto saltaram 506,9%, passando de US$ 59,5 milhões para US$ 361,1 milhões. É um salto que reposiciona nosso estado no mapa nacional do segmento e espalha reflexos por toda a cadeia econômica. Comércio e Serviços, por exemplo, têm se beneficiado diretamente dessa nova dinâmica, gerando empregos e fortalecendo o ambiente de negócios.
Em particular, Mossoró desponta como símbolo desse ressurgimento. A produção diária de petróleo saltou de 14 mil barris em 2019 para 42 mil em 2023, e o impacto é evidente. Entre 2019 e 2023, a arrecadação de ICMS na região cresceu de R$ 227,6 milhões para R$ 389,4 milhões. No mercado de trabalho, apenas até setembro deste ano, o Comércio criou 677 vagas formais, enquanto o setor de Serviços gerou impressionantes 3.749 postos de trabalho.
Essa revitalização não é apenas um resgate do passado glorioso, mas um projeto de futuro. Estou certo disso: com investimentos previstos que somam quase 1 bilhão de dólares até 2028, e a expectativa de 20 mil novos empregos, o Rio Grande do Norte firma-se novamente como protagonista no cenário energético brasileiro.
O petróleo é mais que riqueza mineral; é a faísca que aquece novos negócios. Enquanto celebramos esse ciclo de expansão, é fundamental que se planeje com responsabilidade para garantir que cada gota dessa prosperidade se traduza em oportunidades reais para a nossa gente. O momento exige visão estratégica, e o RN e Mossoró estão mais do que prontos para liderar.