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10 de maio de 2018

Varejo precisa estar em constante atualização

O consultor Claudio Forner, diretor da Forner Consulting e líder do Empretec, abriu as palestras do segundo dia do Movimento para Inovação em Comércio e Serviços (Movin 2018), realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).

Forner falou sobre a inovação e a relação com a diferenciação no mercado, mostrando na prática como as empresas do varejo ainda precisam de constante renovação para se manter relevante frente às novas exigências do consumidor. “Um dos maiores problemas é o envelhecimento das empresas, que não conseguem acompanhar as mudanças no cenário. A falta de atualização tem um preço e negócios envelhecidos não sobrevivem”, afirmou.

Para se adequar ao momento atual, é necessário observar a crise não somente por um único viés. “É preciso saber qual é o tipo de crise que estamos vivenciando. Se olharmos apenas pelo viés econômico, dá a entender que é só a economia se recuperar que tudo vai melhorar e não é bem assim. Para o varejo existem muitas variáveis”, completou Forner que reforçou que empresas precisam estar em transformação constante num mundo em movimento.

Modelos mentais

Cláudio Forner falou também sobre o conceito de modelos mentais. Segundo ele, as pessoas podem ser classificadas em dois modelos: a mente comum, que procura soluções previsíveis e convencionais; e a mente criativa, que procura sempre o inesperado e o que será o diferencial. “Na hora da crise, a mente comum pensa somente nas soluções mais óbvias. A mente criativa funciona justamente tentando encontrar as mais variadas soluções possíveis para um problema, o que aumenta sua eficácia. E isso impacta justamente em como a empresa vai se relacionar com as necessidades do cliente e, a cada dia mais, a percepção do cliente tem um peso maior na avaliação e na recomendação de empresas”, disse o consultor.

O fator Tempo também é fundamental para a sustentabilidade das empresas. “O tempo é um agente determinante e competitivo na questão de novas oportunidades. Não basta um empresário fazer tudo certinho. É preciso também fazer tudo com agilidade. A evolução das coisas está muito mais rápida do que há dez anos e, se algumas coisas ficarem para amanhã, elas não vão esperar, especialmente porque produtos e ideias hoje estão com um prazo de obsolescência muito curto”, finalizou Claudio Forner.

Tecnologia agregada aos pequenos negócios

Após a palestra de Claudio Forner, o presidente do Porto Digital e coordenador da Câmara Brasileira de Tecnologia da Informação (CBTI) da CNC, Fernando Saboya, mediou uma mesa de debates sobre a importância da diferenciação no mercado. Além de Forner, participaram da mesa Fábio Túlio, sócio fundador da consultoria Jiva, e Roberto Solomon, arquiteto de Soluções da Oracle.

“Estamos vivendo uma transformação tecnológica tremenda e os impactos não são triviais nas empresas. O cenário atual é de pulverização nos pequenos negócios e é preciso agir para que eles consigam manter a sua sobrevivência”, afirmou Fernando Saboya.

Para Fabio Tulio, a diferenciação é importante, mas saber como se destacar talvez seja o principal desafio. “Uma das saídas está em colocar o ser humano como o centro do negócio. Levar as pessoas a terem experiências. Existe uma série de espaços fora da tecnologia eletrônica que podem ser explorados”, disse Fabio. Ele lembrou ainda da existência dos marketplaces, quando sites grandes hospedam produtos vendidos por pequenas empresas. “Mas a criatividade ainda é fundamental para estruturar a estratégia”, completou.

Roberto Solomon, da Oracle, sugeriu que o importante é testar novos modelos de negócio antes de implementá-los e investir mais. “Nunca foi tão fácil e tão barato falhar. A internet trouxe a possibilidade de se testar modelos, lançar um produto ou serviço online, ver se eles funcionam e, caso dê errado, dá para abandonar o projeto e pensar em outro rapidamente. Escutamos muito isso no mundo das startups e precisamos trazer esse pensamento também para o varejo”, finalizou Solomon.

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