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11 de junho de 2015

Icec: comércio pode retomar confiança no segundo semestre do ano

Dados de maio do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que, embora ainda não se possa apontar uma tendência de recuperação do nível de confiança do comércio, a expectativa é que a segunda metade do ano seja melhor tanto para o setor quanto para a economia. Essa eventual recuperação, no entanto, não deverá impedir que o setor registre, em 2015, seu pior desempenho em 12 anos.

Em maio o Icec registrou variação de -0,2% ante abril, já descontados os efeitos sazonais. Essa foi a menor queda mensal do indicador desde setembro do ano passado. E pela primeira vez nesse período o subíndice relativo às expectativas registrou resultado mensal positivo (+1,0%). Entretanto, mesmo com a alta de 1% nas expectativa, a avaliação das condições correntes registrou queda de 3,4%, bem como as intenções de investimentos, de 2,9%.

Diante do cenário recessivo, a CNC projeta que, pela primeira vez desde 2007, o nível de ocupação no comércio varejista deverá registrar retração anual (-0,7% ante 2014). Para o varejo restrito, a expectativa da Confederação é que, pela primeira vez em 12 anos, o volume de vendas do varejo recue 0,4%. Já o varejo ampliado, que apropria as vendas de veículos e peças e de materiais de construção, deverá, ao final do ano corrente, apurar o seu pior resultado (-6,0% ante 2014) em toda a série histórica do indicador, iniciada em 2004.

Decepção com a economia e estoques em recorde histórico

A decepção com o desempenho geral da economia permanece o item com pior avaliação em todo o Icec (26,3 pontos em maio). Segundo 92,0% dos empresários do setor, as condições econômicas pioraram nos últimos 12 meses, sendo que 64,3% dos entrevistados perceberam deterioração acentuada no período. A avaliação das condições atuais do setor – segundo pior item em todo o Índice – também acusou forte retração em maio (-42,7% em relação a maio de 2014). Na opinião de 80,9% dos empresários, a atividade comercial do País piorou nos últimos 12 meses, e para 44,0% houve piora acentuada. A perspectiva de queda no volume de vendas do setor, associada à elevação nos custos de captação de recursos nos últimos meses, levou os empresários do setor a revisarem seus planos de investimentos. Quanto aos estoques, modalidade de investimento de curtíssimo prazo, está acima do adequado na opinião de 29,1% dos empresários – patamar mais elevado desse item desde o início do Icec, em março de 2011.

*Fonte: CNC

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