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11 de março de 2015

Marcelo Queiroz participa de almoço com ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Ministro Armando Monteiro esteve na sede da CNC, em Brasília, nesta quarta-feira e defendeu clima mais otimista e disse que crise está “na cabeça das pessoas”

O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, participou nesta quarta-feira, 11, da reunião de diretoria da Confederação Nacional do Comércio (CNC), na sede da entidade em Brasília. O convidado especial da reunião foi o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro Neto, que participou de um almoço com os diretores da CNC.

Em sua fala, o ministro fez questão de clamar os empresários para preservar um clima de otimismo com a economia nacional. Segundo ele, a crise econômica que está posta hoje “não é, nem de longe, maior do que muitas outras que o país já atravessou”.

Armando Monteiro Neto citou alguns números do país – como a relação crédito versus PIB (na casa dos 50% hoje, quando há dez anos era de 25%) e a inexistência de um ambiente de “inflação desenfreada como o que já enfrentamos no passado”  e defendeu que a crise econômica hoje é muito mais fruto de percepções e queda de otimismos e confiança do que efetivamente real.

“Delfim Neto já disse que a crise começa, antes de tudo, na cabeça das pessoas. E é isso que estamos vendo”, afirmou. O ministro, no entanto, reconheceu a necessidade urgente do ajuste fiscal, que ele classificou como um remédio amargo mas extremamente necessário. “Precisamos corrigir distorções que estão, estas sim, empurrando nossa economia para baixo”.

Ele chegou a defender, inclusive, a mudança nas regras trabalhistas e na desoneração das folhas de pagamentos das empresas: “No caso das regras trabalhistas, havia distorções que faziam com que alguns benefícios ficassem, desnecessariamente, excessivamente dispendiosos para toda a sociedade. Já a desoneração das folhas, foi uma medida implantada com ótimas intenções mas na qual o governo errou a mão. Da forma como estavam, elas terminaram gerando novas distorções, como o fato de que, por exemplo, algumas empresas importadoras se utilizavam fortemente delas, que foram criadas para permitir a alguns setores nacionais se protegerem destas importações. Mas este assunto está com o Congresso agora, que irá decidir, de maneira soberana, como deverá se dar esta mudança”, ressaltou ele.
 
NEGOCIAÇÕES

Outro ponto da pauta foi a apresentação do Sistema de Negociação Coletiva do Comércio SNCC, uma nova ferramenta que irá ajudar os sindicatos filiados ao Sistema Fecomércio a obter todas as informações necessárias para que as negociações com os respectivos sindicatos laborais possam ser conduzidas da melhor forma possível.

O sistema irá fornecer dados como negociações semelhantes em outros estados, histórico de negociações anteriores, pareceres de conjuntura e dados estatísticos.

Segundo informações do primeiro vice-presidente da CNC, José Roberto Tadros, a intenção do SNCC é simplificar e agilizar as negociações coletivas de modo que elas sejam mais produtivas e eficientes. “Capital e trabalho precisam andar juntos para garantir a efetividade da sua relação, que tem no foco central ser força motriz da economia. Garantir a harmonização desta relação é algo que sempre perseguimos”, diz ele.
 

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