A redução da Taxa Selic (os juros básicos da economia) em 1 ponto percentual, na última quarta-feira (31), reverberou nas principais associações de varejo do Brasil.

O SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) comemorou o anúncio ao considerar a atitude “positiva para a economia” e lembrou que a Selic voltou ao mais baixo patamar desde janeiro de 2014.

A instituição afirmou que o mercado esperava uma redução maior, mas disse ser compreensível que o agravamento da crise política tenha afetado a redução da taxa de juros.

Por meio e nota, a SPC Brasil disse que por conta da trajetória da inflação e da economia enfraquecida ainda espera mais redução dos juros nos próximos meses.

Inflação

A ACSP (Associação Comercial de São Paulo) divulgou nota dizendo que esperava que o Comitê de Política Monetária (Copom) diminuísse mais a Selic devido ao momento de redução da inflação.

“Na prática, a taxa de juros real está crescendo, o que é ruim para o consumidor e para a economia em geral. Portanto, o Copom precisa cortar a Selic de forma mais intensa nas próximas reuniões”, disse por meio da assessoria de imprensa, o presidente da ACSP, Alencar Burti.

A FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) disse, por nota, que ficou surpresa com a redução em 1 ponto percentual e que a medida “ignorou o aumento das incertezas causadas pela mais nova crise política que o País atravessa no momento”.

A federação considerou “ousada” a atitude do Banco Central, mas disse que a redução em épocas de crise política pode causar dúvidas no mercado sob a condução da autoridade da instituição.