Comerciantes da capital potiguar ainda estão em busca dos milhões injetados na economia pela liberação dos saques do FGTS de contas inativas
O Dia das Mães, segundo evento mais importante do varejo depois do Natal comemorado neste final de semana, reascendeu a inquietação de empresários que buscavam um crescimento nas vendas nos moldes do ano passado, quando os consumidores começaram a colocar a mão no bolso com uma semana de antecedência.
“Isso não aconteceu agora”, explica Cláudio de Miranda Medeiros, um dos franqueados do Midway Mall. “O pessoal deixou tudo para a última hora, sobrecarregando o atendimento nas lojas”, acrescentou. O resultado foi um intenso fluxo de consumidores com um volume de compras inferior a expectativa.
Os comerciantes de Natal ainda estão em busca dos milhões injetados na economia pela liberação dos saques do FGTS de contas inativas. Se alguém viu, por favor, me diga!”, diz Dernerval Sá, presidente da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim e membro das diretorias da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e do Clube dos Dirigentes Lojistas.
Embora ainda não exista um levantamento preliminar do “tíquete médio” apurado no Dia das Mães, que é o valor médio gasto por consumidor dentro do estabelecimento, ficou a sensação para muitos empresários que a compra por impulso cedeu lugar a muita reflexão na hora de comprar.
“As pessoas entravam, olhavam, olhavam, mas não compravam no volume esperado”, diz Dermerval, dono de uma tradicional loja de acessórios do Alecrim.
Dados do IBGE, divulgados na semana passada, indicaram uma queda, em março, de 5,8% em relação a março de 2016. Uma queda de 5,9% no acumulado do ano. Com este, já são 21 meses de quedas consecutivas nas vendas do varejo por causa da crise.
Para o presidente da Federação do Comércio, Bens e Serviços, Marcelo Queiroz, apesar do clima de preocupação, em março, pelo menos quatro segmentos do Varejo Ampliado registraram aumento de vendas na comparação com o mesmo período do ano passado Foram eles: Materiais de Construção (+9,4%); Vestuário e Calçados (+11,7%); Móveis e Eletrodomésticos (+10,5%) e Livrarias e Papelarias (+5,7%).
*Fonte: Agora RN
