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11 de dezembro de 2014

Maioria desconhece, mas aprova obras de reestruturação da Avenida Roberto Freire

 

Levantamento realizado pela Consult, sob encomenda da Fecomércio, mostra ainda que aprovação é menor entre aqueles que dizem conhecer projeto

 

A obra de reestruturação da Avenida Engenheiro Roberto Freire, planejada pelo Governo do Estado, é polêmica. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Consult, a pedido da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio Grande do Norte – Fecomércio RN, mostra que, de uma maneira geral, a obra é aprovada pela maioria dos entrevistados, mas, paradoxalmente, esta mesma maioria afirma desconhecer o projeto. O menor percentual de aprovação (51,3%) está justamente entre os empresários da área que dizem conhecer a obra prevista. Já entre os empresários que dizem desconhecer a obra, ouvidos, 78,8% afirmam que a aprovam mesmo assim.

A pesquisa também mostra uma grande apreensão da população em geral quanto aos prazos de conclusão e a efetiva realização da obra. Nada menos que 57,5% dos entrevistados não acreditam que a obra fique pronta no prazo previsto (dois anos) e outros 36,6% sequer acreditam que ela seja realmente feita. 

Outro aspecto que a pesquisa apontou é que há uma preocupação muito grande, não só dos empresários da região, mas da própria população, com os prejuízos que o período de obras trará ao comércio, com eventuais cortes de empregos. O levantamento encomendado pela Fecomércio ouviu 347 empresários (cujas empresas estão na área da Roberto Freire) e 1.000 pessoas, moradoras da quatro regiões administrativas de Natal.

Entre a população em geral, 43,3% dos entrevistados afirmaram “já ter ouvido falar do projeto”, mas apenas 4,4% afirmaram “conhecê-lo”. Um universo de 52,3% dos entrevistados afirmou que não tem conhecimento do projeto. O nível de conhecimento do projeto é maior entre o empresariado, já que 51% disseram “já ter ouvido falar dele”, embora apenas 22,5% ressaltam “conhecê-lo”. Mesmo assim, também entre os empresários, 23,1% disseram não ter nenhum conhecimento do projeto.

Entre os empresários, 69,5% dos entrevistados aprovam a obra e citam como principal ponto positivo dela a melhoria que possibilitará ao trânsito, citado por 68,3% dos entrevistados. Como ponto negativo, os empresários, em sua maioria, citam os prejuízos em virtude das obras (33,1%).

Já entre a população, o nível de aprovação é maior: 81,1% dizem que a aprovam, contra 11,4% que desaprovam. Neste universo, 54,6% dos entrevistados dizem que o maior ponto positivo é a melhoria do trânsito na área.

Outro detalhe interessante é que, entre a população, 57,5% afirmam que não acreditam que a obra seja concluída no prazo estabelecido (que é de dois anos). Segue, abaixo, um resumo dos principais números coletados na pesquisa.

O presidente Marcelo Queiroz faz questão de agradecer a todos os que participaram da pesquisa, em particular aos empresários da região. “Já vínhamos recebendo alguns questionamentos e sendo demandados para trazer à tona o debate em torno desta obra. Optamos por começar ouvindo a população e sobretudo os empresários que geram emprego e renda naquela área sobre a obra. A participação maciça deles foi digna de aplauso e confere à pesquisa uma maior veracidade, o que é muito positivo para todos nós”, diz Queiroz.

 
 
DADOS PARA INFOGRÁFICO
 
CONHECEM o projeto
Empresários da região: 22,5%
População: 4,4%
 
APROVAM a obra:
Empresários da região: 69,5%
População: 81,1%
 
Principais aspectos POSITIVOS da obra citados:
 
Empresários:
Melhoria do trânsito: 55,2%
Desenvolvimento da Região: 14,5%
Valorização comercial: 7,1%
 
População:
Melhoria do trânsito: 54,6%
Criação de uma via exclusiva para ônibus: 3%
Desenvolvimento da cidade: 2,7%
 
Principais aspectos NEGATIVOS da obra citados:
 
Empresários:

Investimento alto em uma área que não é prioridade: 29,3%

Desmatamento de área preservada: 18,5%

Vai afetar os negócios podendo até quebrar empresas: 9,8%

 
População:
Desmatamento do Parque das Dunas: 21,1%
Obra não é prioridade: 14%

A obra está no lugar errado (poderia ser feita em outra parte da cidade): 7%

 
 
 
 
 
 

 

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