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21 de julho de 2014

Cresce endividamento, mas inadimplência mantém-se estável em julho

Aumentou em 0,5 ponto percentual o número de famílias endividadas em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a Peic, 63% das famílias brasileiras têm dívidas em julho, contra 62,5% em junho. Na comparação anual houve redução de 2,2 pontos percentuais no nível de endividamento (65,2% em julho/2013).

Apesar do aumento no endividamento, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso recuou na comparação mensal, caindo de 19,8%, em junho, para 18,9% em julho, além de diminuir 3,5 pontos percentuais na comparação com julho de 2013.

Para o economista da CNC Bruno Fernandes, a alta nos juros e ganhos de renda mais modestos geram condições menos favoráveis para o endividamento. “O crescimento do custo do crédito vem induzindo as famílias a ter mais cautela ao contratar e renovar empréstimos e financiamentos”, afirma o economista.

O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas atrasadas, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, manteve-se no índice de 6,6% em julho, igual ao do mês anterior, e sofreu queda em relação aos 7,4% de julho de 2013. Para Bruno Fernandes, apesar de diminuir o índice de famílias com contas em atraso, a percepção delas sobre sua capacidade de pagamento se manteve estável, o que demonstra precaução. “A postura mais cautelosa das famílias em relação ao endividamento também vem impedindo uma alta da inadimplência”, diz o economista

O cartão de crédito foi apontado como o principal meio de endividamento por 76,6% das famílias, seguido por carnês (16,3%) e por financiamento de carro (13,2%). A Peic é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal com cerca de 18 mil consumidores.

*Fonte: CNC

 

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