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3 de junho de 2014

Desemprego ficou em 7,1% no 1º trimestre de 2014, indica IBGE

Nos três primeiros meses de 2014, o Brasil mostrou uma taxa de desemprego de 7,1%, acima da registrada no trimestre anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O número, referente ao primeiro trimestre deste ano, faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Segundo a pesquisa antiga, que investigava menos municípios, o desemprego havia ficado em 5% em março e, na média dos três meses (de janeiro a março), em 4,97%.

Nos últimos três meses de 2013, a taxa de desocupação havia ficado em 6,2% e, no primeiro trimestre do mesmo ano, em 8%.

“Tudo indica que hoje tem presença maior de pessoas no mercado de trabalho comparado ao ano passado. Ou seja, o percentual de pessoas ocupadas na idade de trabalhar. Esse avanço aconteceu em duas regiões na região Nordeste e Centro-Oeste. Você vê movimentação positivas no Nordeste e no Centro-Oeste, mas nos demais não”, disse Cimar Azevedo, do IBGE.

Segundo o IBGE, o número de pessoas ocupadas, nos primeiros três meses deste ano, chegou a 91,2 milhões. Já a população desocupada somou 7 milhões.

Neste primeiro trimestre, aumentou a fatia de empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada (77,7%) – o avanço foi de 1,6 ponto percentual frente ao 1º trimestre de 2013. As regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores percentuais nesse quesito: 64,6% e 62,8%, respectivamente.

A publicação da Pnad Contínua desta terça-feira é a primeira desde que o IBGE voltou atrás na decisão de suspender a divulgação da pesquisa. A suspensão havia sido motivada por questionamentos feitos por parlamentares e tem como objetivo fazer uma revisão na metodologia de coleta e cálculo da renda domiciliar per capita. O IBGE explica que o cálculo atual prevê margens de erro diferentes para a pesquisa entre os estados, o que prejudica a comparação entre os resultados.

Maior taxa no Nordeste

O Nordeste apresentou a maior taxa de desocupação, de 9,3%, entre as regiões pesquisadas, e o Sul, a menor, 4,3%. Na comparação trimestral (1º trimestre de 2014 contra o 4º de 2013), foi registrado aumento em todas as regiões.

Já em relação ao mesmo período de 2013, o desemprego diminuiu em todos os locais. Nessa mesma base de comparação, a pesquisa indica também que o desempregou recuou em todos os grupos etários, para ambos os sexos.

Essas duas regiões do país concentram também as maiores parcelas de trabalhadores por conta própria. Enquanto no Brasil o percentual desse tipo de ocupação é de 23%, nas regiões Norte e Nordeste, atinge 30,2% e 29,6%, respectivamente.

“O mercado de trabalho nas regiões Norte e Nordeste tem presença maior de trabalhadores mais jovens, por conta própria e sem carteira de trabalho assinada”, disse Azevedo.

Nem ocupadas nem desocupadas

No 1º trimestre de 2014, no Brasil, 38,9% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas pelo IBGE como “fora da força de trabalho”, ou seja, aquelas que não estavam nem ocupadas nem em busca de emprego.

Entre as regiões pesquisadas, o Nordeste tem o maior percentual de pessoas nessa situação, 43,1%. Na outra ponta, estão as regiões Sul (36%) e Centro-Oeste (35,1%). Em todos os locais, esse percentual é maior entre as mulheres, chegando a 66,4%. Na sequência, aparecem os idosos (33,7%), os jovens com menos de 25 anos (29,2%) e os adultos, com idade de 25 a 59 anos (37,2%).

Homens versus mulheres

No 1º trimestre de 2014, o nível da ocupação foi estimado em 68,3% para os homens e 46,2% para as mulheres, segundo a pesquisa. Considerando todas as categorias, o nível da ocupação para o mesmo período (56,7%) recuou em relação ao 4º trimestre de 2013 (57,3%) e subiu frente ao 1º trimestre de 2013 (56,3%).

Greve

A divulgação dos dados da Pnad Contínua aconteceu apesar da greve dos funcionários do IBGE. A categoria, que paralisou as atividades no dia 26 de maio, em cerca de 12 unidades distribuídas em dez estados e no Distrito Federal, fazia, na manhã desta terça, uma manifestação em frente à sede do instituto no Rio de Janeiro.

*Fonte: G1 Economia

 

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