O estudo Perfil do Endividamento das Famílias Brasileiras em 2013, realizado pela Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base nos resultados mensais da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), mostra que, em 2013, houve crescimento de 7,5% do número médio de famílias endividadas, com o percentual de endividados alcançando a média anual de 62,5% do total das famílias brasileiras. Entretanto, os indicadores de inadimplência não apresentaram a mesma tendência, mostrando crescimento anual apenas no segundo semestre.
A média anual do percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso e do percentual sem condições de pagar seus débitos foi de 21,2% e 6,9% do total de famílias, respectivamente. Em 2013 houve continuidade do processo de melhoria no perfil de endividamento das famílias, com avanços na composição, prazos e comprometimento de renda. “A alta do endividamento das famílias brasileiras em 2013 está associada à manutenção de uma tendência de crescimento das concessões de crédito às pessoas físicas, embora em ritmo mais moderado que o observado nos anos anteriores e concentrado em algumas modalidades”, afirma a economista Marianne Hanson.
Apesar do aumento do número de famílias endividadas, alguns indicadores da pesquisa apontam uma melhora do perfil de endividamento – isso pode ser explicado pelo alongamento dos prazos do crédito. E ainda que os indicadores de endividamento tenham apresentado resultados, em geral, mais favoráveis, as altas do custo do crédito nos últimos ameses, em termos reais, por meio das elevações das taxas de juros ofertadas pelas instituições financeiras, juntamente a taxas menores de crescimento da renda, tendem a elevar o comprometimento da renda com dívidas, como se observou no último trimestre de 2013.
*Fonte: CNC