Fecomércio, Fiern, Faern, Fetronor e Sebrae criticam intenção do Governo de reter recursos destinados às entidades, que têm números vistosos a mostrar
Uma união das principais entidades empresariais do estado em defesa de um sistema cuja excelência, seriedade e produtividade são amplamente reconhecidos. Assim pode ser classificado o lançamento da revista “Sistema S Potiguar – Números singulares que constroem um resultado plural”, realizado na manhã desta sexta, 11, na sede da Federação do Comércio. O evento contou com a participação dos presidentes do Sistema Fecomércio, Marcelo Queiroz; da Fiern, Amaro Sales; da Fetronor, Eudo Laranjeiras; e da Faern, José Vieira; além do superintendente do Sebrae, José Ferreira de Melo Neto.
Pensada para levar à população dados acerca da atuação de entidades como Sesc, Senac, Sesi, Senai, IEL, Sest, Senat, Senar e Sebrae, a revista não poderia ter sido lançada em período mais propício. Esta semana foi anunciada uma possível intervenção do Governo Federal no repasse de verba para os Sistemas do Brasil, e foi este o fio condutor da coletiva que reuniu a imprensa potiguar na manhã de hoje.
Para o presidente do Sistema Fecomércio, Marcelo Queiroz, “a ideia de elaborar uma publicação em torno da atuação do Sistema S potiguar é de extrema importância diante do papel social e econômico dessas entidades; somada a este ponto temos agora a questão da intervenção do Governo na verba do Sistema S. Neste sentido, precisamos ainda mais informar a todos sobre a relevância do trabalho que desempenhamos, para que assim possamos, juntos, evitar qualquer tipo de corte ou intervenção”.
O superintendente do Sebrae, José Ferreira de Melo Neto, considera lamentável a notícia da possível intervenção por parte do Governo Federal. “Os números expostos nesta publicação, mesmo que sucintos, dão uma amostra do serviço que desenvolvemos na busca por qualificação profissional e bem estar da população do nosso estado, e um corte, neste momento, seria a interrupção de um ciclo de desenvolvimento do qual fazemos parte no contexto do estado e do país”.
“No Brasil, os nossos números são fantásticos. O dinheiro que nos é repassado pelos empresários do país vem para investirmos em qualificação e bem estar, e não podemos admitir que o governo interfira dessa forma em nossas ações. Vamos resistir e contestar para podermos seguir com o trabalho sério que desenvolvemos”, declarou Amaro Sales, presidente da Fiern.
O presidente da Faern, José Vieira esclarece que “somos privados, mas atendemos a demandas do Governo e fazemos isso com excelência, como mostra os números do Pronatec somados em nossas casas. Não podemos aceitar que o governo, de alguma forma, diminua a eficiência e competência do nosso trabalho”.
“É um orgulho para nós, empresários, termos este Sistema sólido e competente. Precisamos, juntos, enfrentar esta tempestade que se aproxima. Somos empresários preocupados com o desenvolvimento econômico e social do nosso estado, e é assim que devemos seguir”, finalizou o presidente da Fetronor, Eudo Laranjeiras.
Arrecadação
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é hoje o órgão responsável pela arrecadação de 1,5% na folha de pagamento das empresas, e pelo repasse dos devidos valores às Confederações que compõem o Sistema S. Essas Confederações, por sua vez, são as responsáveis pela distribuição das verbas junto às Federações dos estados. Para realizar este trabalho de arrecadação, o INSS é remunerado em 3,5% do montante de 1,5% arrecadado.
Surgimento do Sistema S
Foi em 1945, em um cenário de pós-guerra, que surgiu o Sistema S no Brasil. Tratou-se de uma inciativa de empresários brasileiros que, enxergando a situação crítica do pais, se reuniram com o objetivo de qualificar mão de obra para reerguer o Brasil. Somente algum tempo depois o Sistema S foi complementado com as entidades que hoje são o seu braço social.