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24 de maio de 2018

Produtos e contribuição sindical dão o tom no primeiro dia técnico do 34º CNSE

As alternativas para a sustentabilidade sindical foram o mote do primeiro dia de atividades técnicas do 34º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais, que acontece até esta sexta-feira, 25, em Bonito, no Mato Grosso do Sul, e conta com a participação de um grupo de presidentes de sindicatos filiados e dirigentes da Fecomércio Rio Grande do Norte.

O primeiro painel do dia abordou o tema “Produtos e Serviços são saída para o custeio sindical”, levando em consideração que, devido à reforma trabalhista, a contribuição sindical se tornou facultativa aos empresários. “A reforma trabalhista reforçou o conceito de sindicato-empresa, possibilitando a venda de produtos, gerando uma nova receita para os sindicatos. É necessário reestruturar o sindicato como um todo, estabelecer metas e buscar resultados”, afirmou o presidente do Sindilojas RJ, Aldo Gonçalves, acrescentando ainda que houve aumento de associados com a nova política. Hoje, a entidade tem mais de 14 mil associados.

O consultor Alberto Gaspar que também participou do painel comentou que os empresários não percebem o valor do sindicato e a entidade deve mostrar os benefícios para atrair associados. “Organizando e mudando os pensamentos, o sindicato pode oferecer produtos, apresentar projetos, inclusive com a participação de outras instituições, a partir de uma identificação de oportunidades e lacunas, apresentando os benefícios futuros”, aconselhou. “Sem empresários não existe base sindical. Temos que atrair, estimular um ambiente favorável de negócios. Mudanças profundas e corajosas devem acontecer”, declarou a advogada da Divisão Sindical da CNC, Lidiane Nogueira.

A contribuição sindical também foi debatida. A advogada especialista em Direito Econômico, Celita Sousa, contou um pouco sobre o surgimento da receita sindical, que remonta à década de 1940, como também as modernizações que foram necessárias ao longo do tempo. “O fim da compulsoriedade permite a prática de atividade econômica pelo sindicato, com diversas alternativas de gerar nova receita. Uma das possibilidades é uma parceria entre o Sindicato e o Sesc, com o acesso aos serviços oferecidos pela entidade para o comerciário”, orientou Celita. “Sem a contribuição há uma inviabilidade do trabalho sindical”, disse o assessor jurídico do Sindilojas Blumenau, Nelson Leiria.

Comissões temáticas
Ainda na programação da quinta-feira do 34º CNSE, os empresários participaram das comissões temáticas que abordaram assuntos relacionados a Shoppings Centers, Comércio de Rua, Negociação Coletiva, Assessoria Parlamentar, Gestão Sindical nos Novos Tempos.

No debate, os participantes contam um pouco da realidade relacionada ao tema em cada estado, apresentando os gargalos enfrentados para o desenvolvimento econômico. “Esse momento é fundamental para vermos que cada sindicato, mesmo com suas particularidades, enfrenta problemas semelhantes. Nessa troca de informações, surgem ideias, soluções e alternativas que podemos implantar”, comentou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.

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