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8 de janeiro de 2019

Cesta básica sobe em todas as capitais pesquisadas em 2018, diz Dieese

A cesta básica aumentou em todas as 18 capitais pesquisadas no ano passado, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

As altas mais expressivas entre dezembro de 2017 e de 2018 foram em Campo Grande (15,46%), Brasília (14,76%) e Belo Horizonte (13,03%). As menores variações ocorreram em Recife (2,53%) e Natal (3,09%).

Já na comparação mensal, entre novembro e dezembro de 2018, o valor da cesta subiu em 15 cidades, com destaque para Goiânia (5,65%), Salvador (4,13%) e Natal (2,77%). As quedas foram observadas em três capitais: Fortaleza (-3,48%), Vitória (-1,17%) e São Luís (-0,40%).

Em dezembro de 2018, o maior custo foi apurado em São Paulo (R$ 471,44), seguido por Rio de Janeiro (R$ 466,75), Porto Alegre (R$ 464,72) e Florianópolis (R$ 457,82). Os menores valores médios foram observados em Recife (R$ 340,57), Natal (R$ 341,40) e Salvador (R$ 343,82).

Destaques de alta

Em dezembro de 2018, os preços médios do leite integral, tomate, pão francês, carne bovina de primeira, arroz agulhinha e batata apresentaram aumento na maior parte das cidades pesquisadas na comparação com dezembro de 2017.

O preço do leite integral variou entre 0,38%, em Porto Alegre, e 28,38%, em Goiânia. No caso do tomate, todas as cidades acumularam alta. As maiores taxas foram observadas em Florianópolis (117,38%), Rio de Janeiro (113,28%), Belo Horizonte (110,34%), Brasília (103,80%) e Curitiba (102,87%).

O quilo do pão francês ficou mais caro em 17 capitais entre dezembro de 2017 e 2018. Houve queda somente em Salvador (-0,66%). As altas oscilaram entre 4,6%, em São Luís, e 16,15%, em Natal.

O valor do quilo da carne bovina de primeira aumentou em 15 capitais, com taxas que oscilaram entre 1,71%, em São Paulo, e 9,54%, em Campo Grande. As diminuições foram verificadas em Florianópolis (-1,79%), Belém (-1,51%) e São Luís (-0,53%).

O quilo do arroz agulhinha apresentou alta em 15 capitais. As maiores taxas foram observadas em Belém (21,02%), Campo Grande (15,60%), Brasília (14,72%) e Natal (13,13%). Em Porto Alegre, o preço médio não variou. Houve redução em Recife (-1,54%) e no Rio de Janeiro (-1,05%).

O preço médio do quilo da batata, pesquisada no Centro-Sul, aumentou em nove localidades, com taxas entre 2,09%, em Curitiba, e 22,08%, em Belo Horizonte. Em Vitória, foi registrada diminuição (-6,12%).

Já o café em pó e o açúcar tiveram taxas negativas na maioria das capitais.

Cesta x salário mínimo

Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieee estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em dezembro de 2018, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.960,57, ou 4,15 vezes o mínimo de R$ 954. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.959,98. Em dezembro de 2017, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.585,05, ou 3,83 vezes o piso em vigor (R$ 937).

Em dezembro de 2018, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 92h17. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 91h13. Em dezembro de 2017, quando a pesquisa era feita em 21 capitais, a média foi de 86h04.

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro, 45,59% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandavam 45,07%. Em dezembro de 2017, quando a pesquisa era feita em 21 capitais, a média foi de 42,52%.

Fonte: G1

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