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11 de maio de 2018

Após queda em fevereiro, vendas do varejo crescem 0,3% em março, aponta IBGE

As vendas do comércio varejista brasileiro cresceram 0,3% em março na comparação com o mês imediatamente anterior, após um recuo de 0,2% em fevereiro. Já frente ao desempenho de março de 2017, o faturamento avançou 6,5%, o maior resultado desde abril de 2014 (6,7%), segundo divulgou nesta sexta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado no 1º trimestre, as vendas cresceram 3,8%, a quarta alta consecutiva, porém em um ritmo mais lento do que nos últimos três trimestres. Em 12 meses, a alta é de 3,7%.

“A recuperação está em curso, mas perdeu ritmo em relação a 2017”, avaliou a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes. Ela destacou que, ao se comparar o acumulado no ano, a perda de ritmo nas vendas ocorreu “com todas as atividades, menos com hiper e supermercados por conta do volume de vendas da Páscoa.

Segundo o IBGE, o patamar atual de vendas do comércio ainda está 8% abaixo do nível recorde alcançado em outubro de 2014.

O resultado veio próximo do que era esperado pelos analistas. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,30% na comparação mensal e de avanço de 5,50% sobre um ano antes.

Segundo o IBGE, o principal motivo para a perda de ritmo nas vendas do varejo, esclareceu Isabella, se deve ao movimento do mercado de trabalho, devido ao aumento do desemprego e redução da renda. “O que o mercado de trabalho mostrou é que havia sim uma sazonalidade para o primeiro trimestre, mas para além da sazonalidade houve uma redução de vagas maior do que a esperada”, destacou a gerente.

Na comparação com fevereiro, as vendas cresceram em março em 5 das 8 atividades pesquisadas, com avanço em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Espírito Santo (5,1%); Distrito Federal (4,4%) e Acre (4,1%).

Veja o resultado das vendas do varejo por segmento em março:

  • supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%)
  • tecidos, vestuário e calçados (0,7%)
  • artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%)
  • combustíveis e lubrificantes (1,4%)
  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-5%)
  • Livros, jornais, revistas e papelarias (-1,2%)
  • Móveis e eletrodomésticos (0,1%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%)

Vendas de combustíveis em queda

Na comparação com março de 2017, as vendas de combustíveis e lubrificantes recuaram 4,8%, exerceu a maior contribuição negativa no resultado total do varejo. Essa é a nona taxa negativa consecutiva nessa comparação. Segundo o IBGE, a elevação dos preços de combustíveis acima da inflação oficial do país, “é fator relevante que ainda vem influenciando negativamente o desempenho do setor”.

Já as vendas de móveis e eletrodomésticos recuaram 3,3% na comparação anual, exercendo a segunda maior influência negativa no faturamento global do varejo frente a março do ano passado. O resultado negativo interrompeu sequência de dez taxas positivas. Nos últimos doze meses, entretanto, a alta é de 9,1%, mantendo a trajetória de recuperação iniciada em março de 2016.

Fonte: G1

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