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15 de maio de 2015

CNC projeta, pela primeira vez, retração no volume de vendas em 2015

Dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), que o IBGE divulgou ontem (14), mostram que, em março, o volume de vendas no comércio varejista brasileiro caiu -0,9% em comparação a fevereiro, já descontados os efeitos sazonais. A queda no mês foi puxada pelos ramos de móveis e eletrodomésticos (-3,0%) e de livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%). O varejo ampliado, que apropria os resultados do comércio automotivo (-4,6%) e materiais de construção (-0,3%) acusou variação de -1,6% na mesma base comparativa.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, alta de 0,4%, sendo, novamente, os ramos de móveis e eletrodomésticos (-6,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-5,9%) aqueles que registraram as maiores perdas no período. No acumulado do primeiro trimestre, o varejo registrou retração de -0,8%, seu pior desempenho desde os três primeiros meses de 2003, quando o volume de vendas no conceito restrito retraiu-se 6,0%. Apropriando-se os segmentos automotivo (-14,8%) e de materiais de construção (-4,4%), o varejo ampliado recuou 5,3% − o primeiro resultado negativo em toda a série histórica iniciada em 2004.

Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e turismo (CNC), explica que a confiança dos consumidores, abalada pela queda no nível de atividade econômica e seus reflexos sobre o mercado de trabalho e associada à atual tendência de encarecimento do crédito, tem impedido qualquer reação do setor, a despeito do recuo da inflação nos produtos comercializáveis medidos através do IPCA.

Após atingir um pico de 7,1% nos 12 meses encerrados em julho de 2014, os preços médios dos bens de consumo duráveis, semiduráveis e dos alimentos industrializados registraram alta de 5,6% na comparação entre abril de 2015 e o mesmo mês do ano passado, segundo dados do Banco Central.

Desse modo, diante da persistência do atual cenário de compressão do orçamento dos consumidores no médio prazo, a CNC revisou para baixo sua previsão de variação do volume de vendas do varejo restrito para 2015 (de +0,3% em abril para -0,4% em maio). No conceito ampliado, a entidade projeta retração de 6,0% em 2015 contra -5,2% esperados anteriormente.

*Fonte: CNC

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