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1 de fevereiro de 2023

Brasil cria 2 milhões de empregos formais em 2022, aponta Caged

O Brasil criou 2.037.982 vagas com carteira assinada em 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (31), pelo Ministério do Trabalho. O resultado decorreu de 22.648.395 admissões e de 20.610.413 desligamentos. O número representa uma queda de 26,6% em relação ao observado no ano anterior, quando foram criadas 2.776.733 vagas, na série com ajustes. O resultado ficou menor do que a mediana positiva de 2,100 milhões de postos de trabalho, conforme a mediana das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast, cujo intervalo ia de abertura líquida de 1.975.434 a 2.200.000 de vagas.

Do total de empregos gerados no País, 21.201 foram no Rio Grande do Norte, decorrente de 198.929 contratações e 177.728 demissões. Apesar do saldo positivo em 2022, o número de vagas geradas não superou o registrado ao longo de 2021, quando o saldo de postos de trabalho criados ficou positivo em 32.359. O número de empregos gerados em 2022 ficou 34,48% abaixo do registrado no ano anterior. No entanto, o saldo do ano passado supera, os acumulados de 2020 (-3.195 vagas) e de 2019 (+3.791).

O estoque de emprego, ao final do mês de dezembro foi de 460.858, registrando o terceiro menor crescimento proporcional do Nordeste (4,82%), à frente apenas dos estados de Piauí (4,23%) e Sergipe (4,4%), e o nono no País. Dos 21,2 mil empregos criados no ano, 6.663 foram em Natal,  4.418 em Mossoró e 1.878 em Parnamirim. No acumulado dos últimos quatro anos, o saldo foi positivo em 54.106 empregos.

Considerando apenas o mês de dezembro, o número de demissões superou o de contratações, gerando uma perda de 2.965 vagas no mercado de trabalho formal, após a geração de 1.735 vagas geradas no mês de novembro do ano passado, nos dados com ajuste. No País, após a criação de 130.545 vagas em novembro (dado revisado), o mercado de trabalho formal registrou um saldo negativo de 431.011 vagas com carteiras assinadas em dezembro. O resultado decorreu de 1.382.923 admissões e de 1.813.934 demissões.

O dado mensal do Caged ficou mais negativo do que a mediana das expectativas que apontava para fechamento de 340 mil. As projeções eram de encerramento de 464.173 mil postos formais a 282 mil.

Empregos por setores

No cômputo do ano passado, no Rio Grande do Norte, apenas a Agropecuária teve fechamento de postos de trabalho (-328). Os demais registraram crescimento: Serviços (10.554); Construção (4.372), seguido por Comércio (4.203) e Indústria (2.400). Já em dezembro de 2022, quatro dos cinco setores da economia inseridos no Caged registraram saldo negativo, sendo o maior na Construção (-953), seguido por Serviços (-744); Agropecuária (-658) e Indústria (-628). O único saldo positivo foi no Comércio (18).

No Brasil, a abertura líquida de 2.037.982 vagas de trabalho com carteira assinada em 2022 no Caged foi puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 1.176.502 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 350.110 vagas.

Na indústria em geral, houve a criação de 251.868 vagas de janeiro a dezembro do ano passado, enquanto houve um saldo positivo de 194.444 postos de trabalho na construção civil. Na agropecuária, foram abertas 65.062 vagas em 2022.

No ano passado, em todas as 27 Unidades da Federação foram registrados resultados positivos no Caged. O melhor desempenho foi novamente registrado em São Paulo, com a abertura de 560.986 postos de trabalho.

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada chegou a R$ 1.944,17 em 2022. Comparado ao ano anterior, houve redução real de R$ 90,99. Já o fechamento de 431.011 vagas em dezembro também foi puxado pelo setor de serviços, que acumulou um saldo negativo de 188 064 postos de trabalho no mês, seguido da indústria geral, que fechou 114.246 vagas.

Na construção, houve o fechamento de 74.505 postos; a agricultura registrou o saldo negativo de 36.921 vagas e o comércio fechou 17.275 postos.

Ministro evita fixar meta para geração de empregos em 2023

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo reforçará a fiscalização trabalhista nas empresas para combater fraudes nas contrações. Segundo ele, trabalhadores que deveriam ter carteira assinada estão sendo contratados em regime de pessoa jurídica ou por meio do programa microempreendedor individual. “Vamos colocar os fiscais na rua para fiscalizar as empresas e formalizar os trabalhadores. Vamos fortalecer a formalização do trabalho, a fiscalização e a negociação coletiva”, afirmou o ministro.

Marinho evitou definir uma meta para geração de empregos em 2023, mas declarou que pretende perseguir um crescimento do trabalho formal no Brasil ano a ano. “Estamos buscando compreender o que está acontecendo com o mercado de trabalho. Dezembro é um mês costumeiramente de más notícias do ponto de vista da geração de emprego”, disse ele.

Segundo o subsecretário de Estudo e Estatísticas substituto do Ministério do Trabalho, Felipe Pateo, durante 2022, houve uma alta tanto dos desligamentos e como das admissões em relação a 2021, o que aponta uma maior rotatividade do mercado formal.

Economistas avaliam que, neste ano, a criação de postos com carteira assinada deve perder força. “Nos meses finais de 2022, já vínhamos observando um começo de perda de fôlego do saldo de vagas”, afirma. “Caso a perda de fôlego da atividade fique mais evidente, veremos uma desaceleração clara do Caged”, diz o economista, que projeta saldo de 1,3 milhão de postos em 2023.

“Praticamente metade do acumulado do Caged em 2022 veio de serviços, muito em função da recuperação desse segmento verificada ao longo do ano”, afirma Takeda.

Já a XP Investimentos projeta que a geração de vagas recue para 800 mil. “Projetamos que o mercado de trabalho brasileiro continuará em rota de desaceleração. Os dados do Caged sustentam nossa visão de atividade econômica estagnada no quarto trimestre de 2022”, avalia o economista da XP Rodolfo Margato.

Rio Grande do Norte – Janeiro a dezembro de 2022

Admissões: 198.929

Desligamentos: 177.728

Saldo: 21.201

Estoque: 460.858

Dezembro de 2022

Admissões: 12.881

Desligamentos: 15.846

Saldo: -2.965

Saldos – Últimos 13 meses

12/2021:     -1.460

01/2022:     -2.426

02/2022:     2.179

03/2022:     -1.558

04/2022:     1.797

05/2022:     3.426

06/2022:     3.660

07/2022:     2.676

08/2022:     6.523

09/2022:     4.238

10/2022:     1.916

11/2022:     1.735

12/2022:     – 2.965

Fonte: Tribuna do Norte

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