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6 de setembro de 2024

Reunião de Diretoria apresenta projetos da CNC para o último trimestre do ano

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, participou do encontro e falou aos diretores sobre a campanha Feminicídio Zero. Conquista do prêmio Brandon Hall, evento para empresários, projeto de inclusão digital de pequenos comércios e nova campanha de defesa de interesses também foram temas apresentados aos diretores da entidade

Em 5 de setembro, a sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no Rio de Janeiro, recebeu os diretores da entidade para a oitava reunião ordinária de 2024. Na pauta, ações realizadas no último mês pelas Federações Estaduais e Nacionais que compõem o Sistema Comércio, além da presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

A ministra apresentou aos diretores a campanha Feminicídio Zero, iniciativa federal que vem engajando diferentes instituições e grupos sociais e prega rigor e colaboração no combate à violência contra a mulher. Em um panorama alarmante, Cida Gonçalves pontuou que “a cada seis horas, uma mulher é morta pelo simples fato de ser mulher. A cada seis minutos, uma mulher ou menina sofre violência sexual. O desafio é reverter esse quadro”.

Na ocasião, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, reforçou a crença de que o combate à violência de gênero exige a mobilização de todos os setores da sociedade, incluindo o comércio de bens, serviços e turismo, e reafirmou o compromisso com a promoção de um ambiente seguro, igualitário e respeitoso para as mulheres.

“O sentimento da CNC é unânime e conjuga o mesmo verbo que a senhora. Esse tipo de ação é inadmissível. Conte conosco, estamos pari passu com o ministério nesse movimento.”

Aderson Frota, presidente interino da Fecomércio-AM, destacou a importância da educação no combate a essa cultura negativa da violência, “desde a mais tenra infância”. Já Hélio Dagnoni (Fecomércio-SC) e Antonio Florencio de Queiroz Junior (Fecomércio-RJ) ressaltaram ações convergentes à campanha do Ministério das Mulheres, já desenvolvidas em seus estados, e prontificaram-se a divulgar a campanha Feminicídio Zero.

Após o encontro, a ministra realizou uma palestra de conscientização e apresentou o projeto aos colaboradores da Confederação no Rio de Janeiro, com transmissão on-line para a sede em Brasília.

Ouro no Prêmio Brandon Hall

O diretor Jurídico e Sindical da Confederação, Alain MacGregor, falou sobre a premiação do Programa Atena, iniciativa estratégica voltada para o desenvolvimento sindical do Sistema Comércio, do Prêmio Brandon Hall, na categoria melhor programa de aprendizagem empresarial estendido. Alain frisou que o Programa Atena veio de um trabalho iniciado na CNC que foi abraçado e replicado pelas Federações e trouxe agora uma grande conquista. “A grandiosidade do nosso sistema foi reconhecida com essa medalha de ouro”, anunciou Alain.

Digitalização do comércio

Maurício Ogawa, diretor de Economia e Inovação, apresentou estudo realizado pela CNC com 850 empresários de todo o País, que revelou os entraves e dores que dificultam a inovação do setor. Assim, foi desenhado o projeto Jornada CNC Transformação Digital do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, programa que conta com a parceria da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos, com foco na inclusão de pequenos e micronegócios no ambiente digital.

Inicialmente, cem empresários serão cooptados por meio dos sindicatos e auxiliados por metodologia e ferramentas do programa para ”maximizar a performance de vendas, a gestão dos negócios e a inserção no comércio eletrônico”, como frisou Ogawa. Nadim Donato, presidente da Fecomércio-MG, celebrou a iniciativa. “Sob o guarda-chuva da Confederação, conseguiremos alcançar mais empresários. Chegar lá é difícil para os pequenos, e teremos que atuar fortemente para que eles tenham acesso a esse tipo de ferramenta e oportunidades”, disse Nadim.

Próximas ações

Também foi apresentado, pela diretora-geral Executiva, Simone Guimarães, um status da organização do Global Voices, evento que será promovido pela entidade, no fim de 2024, voltado para grandes empresários representados pela CNC. O vice-presidente Financeiro, Leandro Domingos, comentou que o movimento da Confederação destaca o reconhecimento da sua representação, bem como os esforços para “criar um ambiente de negócios bom para os empresários”.

Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, apresentou dados que reforçam a próxima campanha da entidade, cujo tema central será a reforma administrativa. Tavares pontuou que “sistematicamente, as despesas dos gastos primários ficam além da receita”, em uma prática predatória à economia brasileira, sendo necessária uma “revisão das atribuições do Estado e, consequentemente, dos gastos públicos”.

James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, agradeceu o empenho da Confederação na realização do lançamento do Movimento Unidos pelo Combustível Legal, tendo enfatizado a presença de parlamentares e a mobilização dos sindicatos pela causa.

Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), agradeceu a adesão massiva das Federações no engajamento dos entes estaduais na captação de dados do setor para o programa Vai Turismo.

Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS, destacou as conquistas e o canal de diálogo aberto com o empresariado nas reuniões das Câmaras Brasileiras do Comércio e Serviços, informando a agenda do mês de setembro.

Nadim Donato comentou sobre o Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, evento realizado na cidade histórica mineira, que contou com a presente do presidente Tadros e dirigentes de Federações do Sistema Comércio. O presidente da Fecomércio-MG também apresentou breve panorama das bets e seu impacto no comércio brasileiro, revelando informações sobre o crescimento exponencial da prática e defendendo a regulamentação para a “geração de empregos e tributos”.

José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, apresentou os resultados do projeto Senac Integra, programa do Senac-MT que oferece cursos profissionalizantes a pessoas privadas de liberdade. “O Senac Integra, além do pilar de educação e trabalho, promove a integração familiar e social por meio de remuneração, benefícios e atividades de inclusão social, além de oferecer um salário fixo compatível com o mercado de trabalho”, destacou o presidente sobre o projeto, que será replicado nacionalmente pelo Senac.

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