Notícias

25 de agosto de 2022

IPCA-15 tem deflação de 0,73% em agosto, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), prévia do principal indicador de preços do País, teve deflação de 0,73% em agosto, após alta de 0,13% de julho, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior deflação desde que o IPCA-15 começou a ser apurado, em novembro de 1991, embora concentrada em poucos itens, mas de grande peso no orçamento das famílias, como combustíveis e energia.

A inflação acumulada em 12 meses desceu a 9,60% em agosto, ainda elevada, porém a mais branda desde agosto passado, depois de rodar por 11 meses em dois dígitos. O resultado “exibiu fortemente os impactos das medidas de redução do ICMS, os cortes de preços na gasolina e a deflação de passagens aéreas no mês”, resumiu João Savignon, economista da Kínitro Capital, em nota. “No entanto, a composição do índice veio pior do que o projetado.” Savignon espera deflação entre 0,30% e 0,40% no IPCA fechado de agosto.

Após o resultado, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, reduziu as expectativas para a inflação de 2022, de 7,1% para 6,5%. Para 2023, a projeção de 5,5% foi mantida. Em agosto, três dos nove grupos do IPCA-15 concentraram as quedas de preços: Habitação (-0,37%), Transportes (-5,24%) e Comunicação (-0,30%).

O que mais subiu

As famílias ainda gastaram mais em agosto com Alimentação e bebidas (1,12%), Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Despesas pessoais (0,81%), entre outros. Item de maior pressão individual (0,14 ponto porcentual), o leite longa-vida ficou 14,21% mais caro e já acumula alta de 79,79% no ano.

“Olhando para a composição da inflação, ela continua pressionada”, afirmou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em nota. “A queda dos preços administrados (combustíveis e energia) é pontual e não interfere na dinâmica da inflação à frente. Já os preços de bens industriais, que apresentavam tendência de desaceleração, vieram mais altos do que o esperado. Além disso, não há sinais de alívio na inflação de serviços.”

Segundo Moreno, o IPCA-15 reforça a projeção do C6 Bank de IPCA de 6,5% em 2022. “O cenário deve seguir desafiador em 2023, quando enxergamos uma inflação de 5,7%”, escreveu a economista.

Fonte: Agência Estado

 

Outras notícias

Ir para o conteúdo
Fecomércio RN
Visão geral de privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você acha mais interessantes e úteis.