Em novembro de 2021, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,6%, na série com ajuste sazonal, após variar 0,2% em outubro. A média móvel trimestral, variou -0,1% no trimestre encerrado em novembro, depois do recuo de 1,6% no trimestre até outubro. Na série sem ajuste, o comércio varejista teve queda de 4,2% frente a novembro de 2020, quarta taxa negativa consecutiva. No acumulado no ano, o varejo aumentou 1,9%. Já o acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 2,6% em outubro para 1,9% em novembro, sinaliza redução no ritmo das vendas.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas avançou 0,5% em relação a outubro, após três meses consecutivos em queda (-3,1% em agosto, -0,9% em setembro e -0,8% em outubro). Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em novembro (-0,4%) ficou estável, quando comparada à média móvel no trimestre fechado em outubro (-1,6%).
Cinco das oito atividades tiveram taxas negativas, na série com ajuste sazonal
Houve alta de 0,6% no volume de vendas do varejo, em novembro, na série com ajuste sazonal, mas cinco das oito atividades tiveram taxas negativas: móveis e eletrodomésticos (-2,3%), tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), combustíveis e lubrificantes (-1,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%).
Por outro lado, houve crescimento em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%).
No comércio varejista ampliado, a alta de 0,5% no volume de vendas, em novembro, foi influenciada por veículos, motos, partes e peças (0,7%) e material de construção (0,8%), depois dos resultados negativos do mês anterior, -0,4% e -0,8%, respectivamente.
Sete das oito atividades do varejo recuaram em relação a novembro de 2020
Na comparação com novembro de 2020, o comércio varejista teve queda de 4,2%, com taxas negativas em sete das oito atividades. Com maior impacto (-2,8 p.p), o segmento de móveis e eletrodomésticos teve queda de 21,5% no volume de vendas em relação a novembro de 2020. O setor registra seis meses consecutivos de resultados negativos na comparação interanual. No ano, a atividade acumula -5,7% de variação, terceiro mês consecutivo de resultados negativos. Nos últimos dozes meses, registrou segunda taxa negativa (-0,7% em outubro e -4,8% em novembro), após 24 meses no campo positivo.
Combustíveis e lubrificantes recuaram 7,1%, sua terceira queda consecutiva (-4,2% em setembro e -7,6% em outubro), depois de cinco taxas positivas seguidas. A elevação dos preços de combustíveis, acima da variação média de preços vem influenciando negativamente o desempenho do setor. O acumulado nos últimos doze meses mostra estabilidade frente ao mês anterior (0,2% em ambos). No ano, o movimento foi de intensificação de perda de ritmo: 2,9% até setembro, 1,7% até outubro e 0,9% até novembro de 2021.
No segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., o recuo de 2,6%, no indicador interanual no volume de vendas em relação a novembro de 2020, mostrou-se menos intenso do que o resultado de outubro (-7,2%). O resultado do acumulado no ano, até novembro (aumento de 15,4%), é o menor desde o resultado de janeiro a abril de 2021, quando foi 27,7%. O indicador acumulado nos últimos doze meses registrou aumento de 13,7%, com perda de 2,2 p.p. em relação ao resultado de outubro (15,9%).
Tecidos, vestuário e calçados, por sua vez, recuaram 4,4% ante novembro de 2020, segunda queda consecutiva, após oito variações positivas consecutivas. Quanto ao acumulado no ano, ao passar de 20,4% em outubro para 16,9% em novembro, o setor demonstra perda de ritmo. O acumulado nos últimos doze meses, por sua vez, permaneceu em alta pelo terceiro mês consecutivo: 11,8% em setembro, e 11,9% em outubro e novembro.
O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de -0,5%, registrou a décima taxa negativa consecutiva na comparação com novembro de 2020. O resultado do acumulado no ano foi de -2,9%, acima do registrado em outubro (-3,1%). O acumulado nos últimos doze meses, ao registrar -2,3% em novembro, manteve o ritmo em relação a outubro (-2,4%).
O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação recuou 5,6%, quinto recuo consecutivo e oitavo no ano de 2021. No acumulado do ano, o setor registra a segunda taxa negativa consecutiva (-1,0% em outubro e -1,5% em novembro) após cinco meses de alto. O acumulado nos últimos doze meses (queda de 2,7%) intensifica ritmo de queda nas vendas em relação a outubro (recuo de 3,3%).
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou 4,4% frente a novembro de 2020, terceira queda consecutiva (-3,5% em setembro e -7,9% em outubro). O acumulado no ano passou de -18,5% em outubro para -18,1% em novembro, com 22 meses consecutivos de taxas negativas. O acumulado nos últimos doze meses manteve, em novembro, o mesmo valor de outubro: -21,2% e permanece no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%).
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria foi a única a ter crescimento nas vendas frente a novembro de 2020: 2,5%. Isso ocorreu após variar -0,2% em outubro, em relação ao mesmo mês de 2020. No acumulado no ano (10,0%), o setor teve perda de ritmo em relação a outubro (10,9%), o que também se observa no acumulado nos últimos doze meses, que passou de 11,2% até outubro para 10,4% até novembro.
No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças teve alta de 1,7% em relação a novembro de 2020, após queda de 4,0% em outubro. No entanto, o indicador acumulado no ano (16,6%), continua mostrando perda de ritmo de crescimento, se comparado ao mês de outubro (18,4%). Nos últimos doze meses, a atividade acumula 15,1% de crescimento, mesmo patamar de outubro (15,1%).
Já a queda de -4,1% em relação a novembro de 2020 representa a quinta consecutiva no segmento de Material de construção. Em 2021, o setor acumula 5,6%, menor crescimento registrado do ano. Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 8,5% em outubro para 6,6% em novembro, manteve trajetória de queda iniciada em junho.
Vendas recuam em 14 unidades da federação frente a outubro de 2021
De outubro a novembro, na série com ajuste sazonal, as vendas do comércio varejista cresceram 0,6%, com resultados negativos em 14 das 27 unidades da federação. As quedas mais intensas foram na Paraíba (-3,1%), Piauí (-3,0%) e Bahia (-2,8%). Entre as 13 UFs e alta, as principais foram Roraima (3,7%), Rio de Janeiro (2,8%) e Distrito Federal (2,7%).
Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, houve alta de 0,5%. Em 14 das 27 UFs, as taxas foram negativas, e as mais intensas foram da Paraíba (-6,8%), Tocantins (-6,1%) e Alagoas (-5,1%). Em cinco UFs as vendas cresceram, com destaque para Rio de Janeiro (2,1%), Amazonas (1,9%) e Rondônia (1,7%). O Amapá ficou estável (0,0%).
Frente a novembro de 2020, o comércio varejista caiu 4,2%, com resultados negativos em 23 UFs, com destaque para Sergipe (-14,9%), Bahia (-13,8%) e Maranhão (-11,7%). Já as principais altas foram de Espírito Santo (3,3%), Roraima (3,1%) e Rio Grande do Sul (2,4%).
No comércio varejista ampliado, na comparação com novembro de 2020, houve queda de 2,9%, com resultados negativos em 19 unidades da federação. Os destaques negativos foram Acre (-10,0%), Paraíba (-8,6%) e Maranhão (-8,5%). Das 8 UFs com resultados positivos, as principais foram Pernambuco (9,3%), Roraima (6,2%) e Mato Grosso do Sul (4,9%).
Fonte: IBGE