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5 de maio de 2021

Em março, indústria recua 2,4%

Em março de 2021, a produção industrial caiu 2,4% frente a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Frente a março de 2020, a indústria avançou 10,5%, sétima taxa positiva consecutiva nessa comparação e a maior desde junho de 2010 (11,2%). A indústria acumula alta de 4,4% no primeiro trimestre de 2021, intensificando o ritmo de crescimento frente ao último trimestre de 2020 (3,4%). O acumulado em doze meses (-3,1%) teve o recuo menos intenso desde abril de 2020 (-2,9%).

Março 2021/ Fevereiro 2021 -2,4%
Março 2021/ Março 2020 10,5%
Média móvel trimestral -1,0%
Acumulado no ano 4,4%
Acumulado em 12 meses -3,1%

 

O recuo de 2,4% da indústria, em março de 2021, teve perfil disseminado, alcançando três das quatro das grandes categorias econômicas e 15 dos 26 ramos pesquisados.

 

Indicadores da Produção Industrial por Grandes Categorias Econômicas
Brasil – Março de 2021
Grandes Categorias Econômicas Variação (%)
Março 2021/   Fevereiro 2021* Março 2021/ Março 2020 Acumulado Janeiro-Março Acumulado nos Últimos 12 Meses
Bens de Capital -6,9 29,6 20,4 -4,8
Bens Intermediários 0,2 9,9 4,5 0,0
Bens de Consumo -11,0 7,5 0,9 -7,9
Duráveis -7,8 12,0 -0,3 -18,6
Semiduráveis e não Duráveis -10,2 6,2 1,2 -5,0
Indústria Geral -2,4 10,5 4,4 -3,1
 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*Série com ajuste sazonal

Produção de veículos automotores recua 8,4%

Entre as atividades, a influência negativa mais importante veio de veículos automotores, reboques e carrocerias (-8,4%), terceiro resultado negativo consecutivo nessa comparação, acumulando perda de 15,8% no período. Esse comportamento negativo recente interrompeu oito meses de taxas positivas consecutivas, que acumularam expansão de 1.196,9%.

Outras contribuições negativas importantes foram: confecção de artigos do vestuário e acessórios (-14,1%), de outros produtos químicos (-4,3%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,4%), de couro, artigos para viagem e calçados (-11,2%), de produtos de borracha e de material plástico (-4,5%), de bebidas (-3,4%), de móveis (-9,3%), de produtos têxteis (-6,4%) e de produtos de minerais não metálicos (-2,5%).

Por outro lado, entre as 11 atividades que apontaram crescimento na produção, indústrias extrativas (5,5%), outros equipamentos de transporte (35,0%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,7%) exerceram os principais impactos positivos nesse mês. A primeira volta a crescer após recuar 5,2% no mês anterior; a segunda mostra dois meses seguidos de expansão na produção, acumulando ganho de 44,2% nesse período; e a última elimina parte da redução de 5,2% registrada entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis caiu 10,2%, a perda mais intensa desde abril de 2020 (-12,6%). Os segmentos de bens de consumo duráveis (-7,8%) e bens de capital (-6,9%) também recuaram em março, com a primeira em sua terceira queda seguida e acumulando no período redução de 12,4% e a segunda intensificando o recuo de fevereiro de 2021 (-3,7%).

Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários (0,2%) apontou a única taxa positiva em março de 2021, após avançar também no mês anterior (0,4%).

Média móvel recua 1,0% em março de 2021

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria caiu 1,0% no trimestre encerrado em março de 2021 frente ao nível do mês anterior, interrompendo a trajetória predominantemente ascendente iniciada em junho de 2020.

Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (-4,2%) assinalou o recuo mais intenso e acelerou a queda registrada no mês anterior (-1,5%), que havia interrompido a sequência de resultados positivos iniciada em julho de 2020. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-2,9%), de bens de capital (-2,0%) e de bens intermediários (-0,1%) também recuaram em março de 2021, com o primeiro caindo após nove meses de crescimento, período em que acumulou ganho de 22,8%, e os dois últimos interrompendo suas trajetórias ascendentes iniciadas em junho de 2020.

Indústria avança 10,5% frente a março de 2020

Frente a março de 2020, a indústria cresceu 10,5%, com altas nas quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 64 dos 79 grupos e 69,6% dos 805 produtos pesquisados. Março de 2021 (23 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês de 2020 (22).

Entre as atividades, as principais influências vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (19,2%), máquinas e equipamentos (27,5%), produtos de minerais não metálicos (27,7%), produtos de metal (24,5%), produtos de borracha e de material plástico (20,3%) e metalurgia (10,9%).

Outros impactos positivos importantes foram assinalados pelos ramos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (36,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (20,7%), de bebidas (14,5%), de outros produtos químicos (7,7%), de produtos têxteis (29,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (17,0%), de produtos de madeira (32,4%), de couro, artigos para viagem e calçados (27,0%) e de móveis (35,8%).

Por outro lado, entre as seis atividades com a produção em queda, a influência negativa mais forte veio de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,1%).

Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (29,6%) mostrou a maior alta nessa comparação. É a sétima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde dezembro de 2020 (35,3%). O setor de bens de consumo duráveis cresceu 12,0%, após recuar em janeiro (-3,8%) e fevereiro (-8,2%). Bens intermediários (9,9%) registrou a nona taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde julho de 2010 (10,6%). O setor de bens de consumo semi e não duráveis (6,2%) interrompeu dois meses de queda: janeiro (-0,7%) e fevereiro (-1,6%) de 2021.

Três das quatro categorias econômicas acumulam altas em 2021

No acumulado do ano (janeiro-março), frente a igual período do ano anterior, a indústria cresceu 4,4%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 20 dos 26 ramos, 58 dos 79 grupos e 65,3% dos 805 produtos pesquisados.

Entre as atividades, máquinas e equipamentos (21,3%), produtos de minerais não metálicos (17,2%), produtos de metal (16,7%), produtos de borracha e de material plástico (12,6%) e metalurgia (8,0%) exerceram as maiores influências positivas.

Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de outros produtos químicos (6,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (4,4%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,2%), de produtos têxteis (18,3%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (13,6%), de celulose, papel e produtos de papel (4,5%), de produtos de madeira (14,0%), de móveis (14,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (9,3%).

Por outro lado, entre as seis atividades que apontaram redução na produção, as principais influências foram registradas por produtos alimentícios (-3,6%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,9%) e indústrias extrativas (-2,1%).

Outras contribuições negativas relevantes vieram de outros equipamentos de transporte (-15,5%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-9,1%).

Entre as categorias econômicas, a maior alta acumulada do ano foi em bens de capital (20,4%). Bens intermediários (4,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (1,2%) também cresceram. O único recuo veio de bens de consumo duráveis (-0,3%).

Fonte: IBGE

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