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3 de setembro de 2014

Serviços do Brasil têm contração em agosto pela 1ª vez desde janeiro, mostra PMI

A atividade de serviços do Brasil voltou a registrar contração em agosto após seis meses de expansão, pela taxa mais forte em dois anos e com redução de empregos, apontou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira.

O Markit informou que o PMI de serviços do Brasil recuou a 49,2 em agosto ante 50,2 em julho, ficando pela primeira vez desde janeiro abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

O resultado ofuscou parcialmente o retorno da indústria ao terreno de crescimento em agosto após quatro meses de retração. O PMI Composto manteve-se abaixo da marca de 50, a 49,6, mas teve pequena melhora em relação a julho, quando registrou a menor taxa em 23 meses, de 49,3.

Vários entrevistados atribuíram a queda na atividade de serviços “ao estado de depressão do mercado em geral”, segundo o Markit, destacando que houve queda nas categorias de Hotéis e Restaurantes e de Aluguéis e Atividades de Negócios.

O Brasil entrou em recessão técnica no primeiro semestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) recuando 0,2 e 0,6 por cento no primeiro e no segundo trimestres, respectivamente.

Embora o volume de novos negócios recebidos pelo setor de serviços tenha crescido pelo 24º mês seguido em agosto, a taxa de crescimento desacelerou para o nível mais fraco desde agosto do ano passado.

Na tentativa de reduzir os custos, as empresas do setor de serviços reduziram o número de funcionários pela primeira vez desde fevereiro de 2013, ainda que de maneira marginal. Todos os subsetores registraram redução, exceto os de Hotéis e Restaurantes e os de Outros Serviços.

Já as pressões inflacionárias se intensificaram em agosto, com os preços tanto de insumos quanto de venda avançando pela taxa mais rápida desde março.

elação à atividade no próximo ano, com o Índice de Expectativa atingindo o nível mais fraco na história da pesquisa.

“Isso sugere continuidade do cenário desafiador para a atividade no segundo semestre”, destacou o economista-chefe do HSBC, André Lóes.

As expectativas foram melhores no subsetor de Transporte e Armazenamento, mas houve indicação de pessimismo pelas empresas de Hotéis e Restaurantes e de Correios e Telecomunicações.

*Fonte: Reuters Brasil

 

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