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10 de janeiro de 2018

Percentual de famílias inadimplentes recua pelo terceiro mês consecutivo

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que o percentual de famílias endividadas alcançou 62,2% em dezembro de 2017, mantendo-se estável após cinco altas consecutivas. Na comparação com dezembro de 2016, houve alta de 3,2 pontos percentuais.

O estudo ressalta que a proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso diminuiu em dezembro, pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 25,7% das famílias, ante 25,8% em novembro. Na comparação com dezembro de 2016, entretanto, houve alta de 1,7 ponto percentual. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes recuou de 10,1% em novembro para 9,7% em dezembro, mas apresentou alta em relação aos 9,1% de dezembro de 2016.

“Apesar da melhora recente, os indicadores de inadimplência permanecem em níveis superiores aos do ano passado. A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo em relação à capacidade de pagamento”, afirma Marianne Hanson, economista da CNC.

Nível de endividamento cai

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas diminuiu entre os meses de novembro e dezembro de 2017 – passou de 14,6% para 14,1% do total de famílias. Na comparação anual, manteve-se estável. O percentual de famílias que se declararam pouco endividadas teve alta na comparação mensal: passou de 24,6% para 25,1% do total de entrevistados. Em relação ao mesmo período de 2016, também ocorreu aumento de 1,2 ponto percentual.

Prazo de endividamento

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,3 dias em dezembro de 2017, superior aos 63,8 dias de dezembro de 2016. Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,9% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 22,6% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

Para 76,7% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido de carnês (17,5%) e financiamento de carro (10,9%).

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.

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