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28 de novembro de 2017

Intenção de consumo das famílias registra maior nível em dois anos

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 80,2 pontos em novembro de 2017, o maior nível do indicador desde julho de 2015, quando estava em 81,8 pontos. Na comparação com outubro, o aumento foi de 3,0%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice também apresentou alta de 7,9%.

”A trajetória favorável da inflação, aliada a um leve recuo do custo do crédito e retomada da massa salarial, vem liberando uma fatia maior do orçamento das famílias para o consumo”, explica Bruno Fernandes, economista da CNC.

Emprego atual em alta

Único subitem acima da zona de indiferença (100 pontos), com 108,8 pontos, o componente Emprego Atual aumentou 1,3% na comparação com o mês anterior. Em relação a novembro do ano passado, também houve melhora de 3,0%. O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 32,9%, ante 31,7% em outubro.

A percepção das famílias sobre a Renda Atual obteve a maior variação mensal desde março (+2,7%). Na comparação com 2016, o incremento foi de 4,8%.

A preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho aparece no componente Perspectiva Profissional. Com 96,3 pontos, o subitem apresentou variação positiva de 3,3% na comparação mensal e queda de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Aumento na perspectiva de consumo

O componente Nível de Consumo Atual atingiu 56,1 pontos, um aumento de 2,9% na comparação com o mês anterior e de 14,7% ante novembro do ano passado. A Perspectiva de Consumo registrou aumento de 6,0% em relação ao mês anterior e, na comparação anual, houve alta de 21,7%.

O item Momento para Duráveis apresentou incremento de 2,4% na comparação mensal. Em relação a 2016, o componente teve aumento de 17,4%. O item Acesso ao Crédito, com 73,9 pontos, registrou aumento de 2,9% na comparação mensal e de 10,5% em relação a novembro de 2016.

O maior fôlego nas vendas em relação ao ano anterior levou a CNC a revisar de +2,8% para +3,7% sua projeção para o desempenho do varejo ampliado ao final deste ano, reforçando, assim, a expectativa do primeiro crescimento anual das vendas do setor desde 2013. Esse cenário se baseia na percepção de que a inflação deverá permanecer livre de pressões neste ano, permitindo que as taxas de juros mantenham a trajetória de queda. Os leves sinais de recuperação do mercado de trabalho deverão contribuir para elevar o grau de confiança dos consumidores nos próximos meses, dando sustentabilidade ao ritmo de crescimento das vendas.

Acesse a análise completa, os gráficos e a série histórica da ICF aqui.

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