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13 de outubro de 2014

Economistas elevam projeção de IPCA a 6,45% em 2014, próximo do teto da meta

Diante de sinais de maior pressão da alta dos preços, economistas de instituições financeiras voltaram a ver a inflação muito perto do teto da meta do governo neste ano, ao mesmo tempo em que mantiveram a perspectiva de novo aperto monetário em 2015.

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, a estimativa de alta do IPCA neste ano subiu a 6,45 por cento, contra 6,32 por cento anteriormente. A meta do governo é de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

O salto aconteceu após a divulgação, na semana passada, de que a inflação oficial brasileira surpreendeu em setembro e atingiu em 12 meses o maior nível em quase três anos, de 6,75 por cento.

Em relação a 2015, os especialistas consultados no Focus mantiveram a perspectiva de que o IPCA subirá 6,30 por cento. Para os próximos 12 meses, a perspectiva para a inflação na pesquisa permaneceu em 6,38 por cento

Já o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, vê estouro da meta neste ano com o IPCA a 6,51 por cento, alta de 0,2 ponto percentual sobre a estimativa anterior. Para 2015, entretanto, o grupo reduziu sua projeção em 0,02 ponto, a 6,38 por cento.

SELIC

Apesar de verem a inflação maior neste ano, os analistas consultados pelo BC não mudaram suas contas sobre a Selic, vendo novo aperto monetário apenas no próximo ano.

A taxa básica de juros deve encerrar este ano no atual patamar de 11 por cento, e também não alteraram a perspectiva para 2015 de 11,88 por cento na mediana das projeções.

O BC começou a elevar a Selic em abril do ano passado, tirando a taxa da mínima histórica de 7,25 por cento para o atual nível. A autoridade monetária tem dado sinais de que não deve mexer tão cedo na taxa, mas já deixou aberta a porta para novas elevações.

Essa foi a primeira pesquisa Focus em que os analistas forneceram suas projeções após a definição da disputa do segundo turno das eleições presidenciais, entre a presidente Dilma Rousseff, do PT, e o candidato do PSDB, Aécio Neves.

Pesquisas eleitorais vêm ditando o ritmo dos mercados, com o candidato tucano sendo o preferido dos investidores já que promete uma postura mais ortodoxa, enquanto a política econômica do atual governo é criticada.

Sobre a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, a projeção no Focus subiu a 0,28 por cento por cento, contra 0,24 por cento na semana anterior e interrompendo 19 semanas seguidas de queda nas contas. Já para 2015, a estimativa para o crescimento do PIB continuou em 1,0 por cento.

*Fonte: Reuters

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