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10 de julho de 2018

Economia fraca mostra continuidade da queda na contratação, diz indicador de emprego da FGV

Indicador Antecedente de Emprego, da Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 5,6 pontos em junho, para 95,5 pontos, retornando ao patamar próximo ao de janeiro de 2017 (95,6 pontos). A quarta queda consecutiva do indicador, que acumulou perda de 11,5 pontos no primeiro semestre, sinaliza continuidade da fase de desaceleração do ritmo de aumento do total de pessoal ocupado no Brasil.

“A queda mostra a perda de confiança de uma maior geração de emprego ao longo dos próximos meses. A atividade econômica mais fraca observada pelos indicadores do primeiro semestre reflete uma situação atual e futura dos negócios mais difícil. O crescimento está abaixo do previamente esperado e, com isso, a consequência deverá ser uma menor contratação”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista da FGV IBRE.

Em junho, o Indicador Coincidente de Desemprego, semelhante à taxa de desemprego, aumentou pelo segundo mês consecutivo, ao variar 0,6 ponto, para 97,1 pontos, mesmo nível de fevereiro deste ano. Ou seja, quanto maior o número, pior o resultado.

“A taxa de desemprego ainda elevada e a recuperação mais lenta da atividade econômica se refletem na estabilidade do índice em relação ao início do ano. Essa estabilidade mostra que a situação atual do mercado de trabalho continua difícil, principalmente para as classes de baixa renda”, diz Barbosa Filho.

Todos os componentes registraram variação negativa entre maio e junho. Os indicadores que mais contribuíram para a queda foram os que medem a situação atual dos negócios nos setores da indústria de transformação e de serviços, com variações, de -9,7 e -9,4 pontos na margem, respectivamente.

As classes que mais contribuíram para a alta do Indicador Coincidente de Desemprego foram as dos grupos de consumidores que têm renda familiar mensal até R$ 2.100 e que estão acima de R$ 9.600, cujos indicadores de emprego recuaram 3,6 e 1,4 pontos, respectivamente.

Fonte: G1

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