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29 de abril de 2016

CNC projeta retração de 13,4% na concessão de crédito aos consumidores em 2016

Recorrer a empréstimos e financiamentos para driblar a retração do orçamento familiar se tornou ainda mais arriscado no primeiro trimestre deste ano. Segundo as estatísticas de crédito divulgadas ontem (28) pelo Banco Central, a taxa média de juros nas operações com recursos livres destinados às pessoas físicas atingiu inéditos 69,2% ao ano. Não há registro na série histórica do Banco Central, iniciada em março de 2011, de custo financeiro tão elevado nesse tipo de operação. Há um ano, a taxa média anual era de 54,4%.

Com taxa de juros de 449,1% ao ano, a rolagem de uma dívida no cartão de crédito dobra em 4,9 meses. “Essa é, de longe, a modalidade de crédito mais cara ao consumidor, seguida pelo cheque especial, cuja taxa alcançou, também de forma inédita, 300,8% ao ano. O financiamento de despesas através do cheque especial dobra a dívida contraída em seis meses”, afirma Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Com base no relatório Focus do Banco Central que aponta as medianas das expectativas para 2016 referentes ao crescimento econômico (-3,9%), à taxa básica de juros (13,25% ao ano em dezembro) e à inflação (+7,0%), a CNC projeta recuo real de 13,4% na concessão de novos recursos às pessoas físicas, o pior resultado dos últimos cinco anos. Nessas mesmas condições, a taxa de juros ao consumidor deverá continuar em alta até o início do quarto trimestre, até que a expectativa de queda nos juros básicos se confirme e permita ligeira retração do custo do crédito ao consumidor.

*Fonte: CNC

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