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13 de dezembro de 2017

Bons ventos para 2018

Para a Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a chegada do fim do ano traz sinais que mostram um cenário mais positivo para depois das festas que marcam o período.
Para a entidade, as condições da economia brasileira ao longo de 2017, incluindo este período final, indicam melhora em relação ao biênio 2015-2016. “Sem dúvida, este Natal será melhor do que os anteriores, tendo em vista a recuperação do emprego e a retomada de confiança do consumidor para realizar gastos”, afirma Antonio Everton Junior, economista da Confederação.

Existem indicadores que positivam o cenário para o fim do ano. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por exemplo, estimou em R$ 200 bilhões o acréscimo de dinheiro que poderá circular na economia em virtude do 13º salário, o que representa um aumento de 1,7% em relação a R$ 196,7 bilhões no ano passado. Ao mesmo tempo, a CNC prevê que somente as vendas com o Natal poderão subir 4,8%, segundo previsão de gastos perto de R$ 35 bilhões.

Cautela nunca é demais

Mas é bom ter cautela. A recomendação de especialistas tem sido a de evitar dívidas neste fim de ano; realizar compras à vista, sempre que possível; quitar dívidas após o recebimento do 13º salário; e conter compras simplesmente por impulso. “Isto é, levantar a verdadeira necessidade, pesquisar a concorrência e verificar a possibilidade de aquisição de produtos substitutos”, complementa Catarina Carneiro da Silva, também economista da Confederação.

Para os consumidores, apesar do relativo otimismo do comércio com relação às expectativas de venda neste fim de ano, todo cuidado é pouco com o manuseio do dinheiro, em virtude do que vem por aí. “Sazonalmente, chega em casa no começo do ano carnê novo do IPTU, junto com outras contas, como IPVA, se tiver carro; renovação da matrícula escolar e despesas com material e uniforme, se houver filhos. Não bastasse o novo valor do salário mínimo impactar o condomínio e acrescer os preços cobrados nas mensalidades escolares e na prestação dos serviços”, aponta Antonio Everton.

Diante do cenário de gastos com Natal, réveillon e os relativos ao ano novo, o mais recomendado é que o consumidor se organize, faça lista de presentes, eleja prioridades dos gastos e destine alguma parcela da renda para a poupança, sempre que possível fugindo das dívidas, dando os passos de acordo com o tamanho das pernas. “Ser agente superavitário é condição sine qua non para iniciar o ano novo com saúde financeira, sem sofrer efeitos do descontrole da bola de neve gerada pelos juros do cartão de crédito ou cheque especial, por exemplo”, aconselha Catarina.

Mantida a tendência da criação de vagas com carteira assinada, somada à estabilidade dos preços e à desinflação dos produtos primários, aos juros em declínio e ao impacto do 13º salário na economia, as projeções deverão confirmar-se, fazendo com que 2017 seja um ano de inflexão após dois anos de retração econômica.

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